Neste domingo, o Cenas Culturais foi visitar a 31a Bienal das Artes de São Paulo. A exposição acontece no Pavilhão da Bienal, que fica no Parque do Ibirapuera.
Já tinha visitado outras bienais. Gosto de visitar exposições e museus. Não sou muito fã da arte moderna nem contemporânea, prefiro a arte clássica. Mas acredito que tudo vale a pena, aprende-se sempre algo.
Planejei tirar a manhã inteira para visitar as obras. Mas ledo engano, não precisa-se de tanto tempo assim.
A exposição está dividida em três andares e mais o térreo (este último com poucas obras, antes de se passar pela catraca de entrada). Pode-se dizer que a Bienal está bem vazia, com muito espaço à disposição para outras obras. Há uma preponderância na apresentação de filmes (estão espalhados por três andares).
Mais uma vez, não sou crítico de arte, nem apreciador da arte contemporânea, mas achei a exposição fraca. Parece que está faltando algo. O tema geral é "Como (...) Coisas Que Não Existem".
Pelo tema, dá uma margem enorme de uma "conversa" entre o artista e o público. Mas será que por ser um tema tão amplo a conversação ficou vaga demais? Ou houve um ruído na conversa e a mensagem não chegou clara aos meus ouvidos?
Não vamos discutir o que é Arte - para tanto recomendo a leitura de um livro da série "O que é", vale a pena ler "O Que É Arte", de Jorge Coli, da editora Brasiliense (deve ter em vários sebos, era uma série muito interessante de se ler). Mas acho que a arte deve passar algo para quem vê, e infelizmente muitas obras não transmitiram nada.
O que chamou a atenção foi uma pintura que está dividida pelos três andares do pavilhão, as faixas com textos (estas faixas que encontramos penduradas nos postes das ruas, a possibilidade de interação nos vidros da fachada da bienal (em frente a instalação rádio Rural - está no 1o andar).
Não se pode deixar de ressaltar o excelente trabalho dos funcionários da exposição. Fui acompanhado de meu pai que é cadeirante. Quem já visitou o Pavilhão da Bienal sabe que é cheio de rampas. Tivemos o apoio dos bombeiros que ajudaram no deslocamento.
Para a exposição, foi construída uma livraria e um café. Ambos ficam no primeiro andar. A livraria tem bastante oferta de livros relacionados ao tema. Cuidado só com o café - pouca variedade de oferta e preços bem salgados.
Vale a pena? Acho que é melhor arrepender-se por ter feito, do que arrepender-se por não ter feito. Aproveita depois para andar pelo parque, visitar o Museu Afro-Brasil ou até mesmo passar a passarela e visitar o novo Museu de Arte Contemporânea da USP, que está apresentando a exposição "Transarquitetônica" de Henrique Oliveira, que fica no antigo prédio do DETRAN.
31a Bienal de Artes de São Paulo
Pavilhão da Bienal "Ciccillo Matarazzo" - Parque do Ibirapuera
Entrada gratuita
3a, 5a, 6a, Domingo e Feriado - 9h às 19h; 4a e Sábado - 9h às 22h
Até 07/12
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