Casa das Rosas - Mais uma obra de Ramos de Azevedo

                                      Fonte (site Catraca Livre)

     Ramos de Azevedo era o cara. Através de seu escritório de arquitetura, ele modelou a cara da São Paulo moderna do início do século 20. Das suas pranchetas, saíram o "Theatro Municipal de São Paulo", a "Escola Politécnica", o "Palácio das Indústrias", a fronte do "Cemitério da Consolação", a "Pinacoteca de São Paulo", o "Mercado Municipal de São Paulo", o "Palácio dos Correios", entre outros.

     Para sua filha, Lúcia Azevedo Dias de Castro, ele projetou o imóvel que está localizado na avenida Paulista, número 37 - a "Casa das Rosas" (1935). O casarão, de estilo eclético, serviu como residência de Lúcia e seu marido. 

     Neste tempo, a avenida Paulista era o local de residência dos senhores do café. Seu local foi escolhido por estar distante do antigo centro paulistano, que já estava por demais valorizado e sem espaço para crescimento. O casarão foi uma das últimas construções deste período.

     Ela foi habitada até o ano de 1986, quando foi desapropriada pelo Governo do Estado de São Paulo. Um ano antes, havia sido tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT). 

     Cinco anos depois, foi reaberta como um espaço cultural dedicado a exposições. Foi quando recebeu seu nome "Casa das Rosas", por ter um dos maiores e mais belos jardins de rosas da cidade. Em dezembro de 2004, teve seu nome alterado para "Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura". A família do poeta, ensaísta e tradutor doou o seu acervo pessoal com mais de 35 mil livros para fazer parte do espaço cultural. 

     Fazer a visita ao casarão é como voltar ao tempo. Prefira entrar pela avenida Paulista e tente imaginar como seria o lugar no início do século passado (há uma entrada pela alameda Santos). Passe pelos portões da casa e depare-se com o jardim das rosas (sempre floridas na primavera). Na sua esquerda, estará o casarão. Antes de entrar nele, ande pelo jardim e aprecie o ambiente.

     Agora fique de frente para o casarão, com suas costas voltadas para a avenida Paulista. A entrada principal é pela lateral esquerda, onde o carro parava sobre o pórtico, que protegia da chuva. O casarão tem 3 andares, sendo que no primeiro, eram as salas de jantar, estar e hall, entre outras. No segundo andar, ficavam os quartos de dormir. E no terceiro, os quartos dos funcionários e depósitos.

     Pode-se ter uma visita guiada pela residência, ou explorá-la por conta própria. Na entrada de algumas salas, há uma placa com uma foto de como era o cômodo e com uma breve explicação. Nas varandas, há cadeiras  colocadas para descanso ou passar o tempo.

     Atualmente, o espaço cultural apresenta exposições, saraus, apresentações musicais, tanto dentro da residência, quanto no seu jardim. Durante a "Virada Cultural", a "Casa das Rosas" também é utilizada como espaço para apresentações de artistas por um período de 24 horas.

                                          Fonte: site Trip Advisor

     Após a visita, dirija-se novamente ao jardim e caminhe para os fundos da casa. Onde antigamente era a garagem e os aposentos do motorista, encontra-se um café. Ele tem várias opções de comidas e bebidas, que podem ser degustadas nas suas mesas internas ou externas. Aproveite, compre algo e sente-se na área externa e desfrute da vista e da calmaria, mesmo estando a poucos metros da avenida mais paulista das avenidas.

     Acesse o álbum de fotos da "Casa das Rosas" na página do Facebook do Cenas Culturais.

Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura

Gratuito

Terça a sábado, das 10h às 22h; Domingo e feriado - das 10h às 18h.

Site: Casa das Rosas