Cenas Culturais

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sábado, 30 de agosto de 2014

Vem Aí - Cláudia Raia 2015


     Com uma carreira de sucesso, transitando pela televisão, cinema, teatro, canto e dança, Cláudia Raia comemorará suas três décadas de profissão do jeito que ela gosta - trabalhando e muito.


     Na televisão, ela estreará a novela "Alto Astral", que ocupará o horário das 19 horas. Seu papel será de Samantha, uma vidente charlatã e cômica. Já está loira para interpretar a personagem.


     Nos palcos, Cláudia produzirá o espetáculo musical da Broadway em solos brasileiros, "Chaplin, the Musical". A peça narra a vida de Charlie Chaplin, o criador do imortal Carlitos. Jarbas Homem de Mello fará o papel título, mas não terá ao seu lado nos palcos a presença da sua companheira.



     Isto porque Cláudia Raia está preparando uma musical para celebrar a data festiva. "Raia, 30 anos" será um musical que vai revisitar suas fases nos palcos e na televisão. A peça terá três diretores que são também seus grandes amigos pessoais - José Possi Neto, Miguel Falabella e Jorge Fernando. Cada diretor se encarregará de uma parte do espetáculo.


     Não perca a oportunidade de vê-la nos palcos ainda este ano com o espetáculo "Crazy For You - O Musical". Após uma temporada de sucesso pelos palcos paulistanos, a peça se apresentou no Rio de Janeiro, Paulínia, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Recife. Agora volta para despedir-se dos palcos e do público paulistano em uma temporada popular no Teatro Sérgio Cardoso. Se ainda não viu, não perca esta chance. Se já viu, aproveite e vá rever os moradores da cidade de Pedra Morta.

"Crazy For You - O Musical"
Teatro Sérgio Cardoso
Até 21/09 (5a e 6a feira - 21h, sábado - 17h e 21h, domingo - 18h)
Duração 150 minutos
Com Cláudia Raia, Jarbas Homem de Mello, Marcos Tumura e grande elenco.

Dicas para o final de semana.

     
    
     O que você tem programado para o seu final de semana? O Cenas Culturais irá assistir o filme "A 100 Passos de Um Sonho" e a peça "Crazy For You". Faremos as matérias nesta próxima semana.

Dicas:



Museu da Casa Brasileira - Antiga residência do casal Fábio da Silva Prado e Renata Crespi da Silva Prado. Na casa que está tombada e preservada, pode-se ver exemplares de móveis que eram encontrados nas residências brasileiras desde o século dezessete, bem como exemplares de móveis, porcelanas e fotos do casal. Aos fundos, há um jardim em que pode-se passear. Todo domingo há uma apresentação musical gratuita, sempre às 11 horas. Se quiser ficar para o almoço, vá ao restaurante "O Santinho", e faça a refeição de frente para o jardim.


Casa das Rosas - Um espaço cultural localizado no começo da avenida Paulista. Antiga residência da filha de Ramos de Azevedo, agora abriga exposições itinerantes que tratam das palavras. É costume você poder participar de um sarau ou uma conversa com um escritor, por exemplo. Aos fundos da casa, há um gostoso e charmoso café, bom para poder ficar bebendo algo quente enquanto aprecia a vista do local. Aproveite depois da visita, andar pela avenida. Há sempre alguma atração que irá lhe agradar.


Quem, eu? - Aproveite para ler ou reler a história de Fernando Aguzolli e sua avó, dona Nilva. "Vó Nilva" foi diagnosticada com mal de Alzheimer e vivenciou os sintomas da doença. Mas ela pode contar com o apoio e o amor da sua família. Principalmente de seu neto, Fernando, que trancou a faculdade e deixou o emprego, para fazer com que sua avó tivesse sua companhia e cuidado. Além de uma história de amor de um neto por sua avó, no final do livro há uma série de perguntas sobre o Alzheimer que Fernando encaminhou à profissionais. 

Bom final de semana!

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Vem Aí - "Incêndios"


     "Incêndios" é um dos textos mais famosos e conhecidos do autor libanês Wajdi Mouawad. Já ganhou vários prêmios, fez sucesso em um filme homônimo, que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2011. 


     Em uma das salas aqui no Brasil, estava o ator Felipe de Carolis. Após o término do filme, Felipe entusiasmado com o filme, percebeu que este era baseado em uma peça de teatro. Correu atrás para conseguir os direitos de produção, o qual só conseguiu após o aceite de Marieta Severo para ser a protagonista da peça.

     Em 2013, "Incêndios - a Peça" estreou no Rio de Janeiro e realmente (com perdão do trocadilho) incendiou os palcos e o público por onde passou. A peça teve um sucesso retumbante nos palcos cariocas e depois partiu para Belo Horizonte, Porto Alegre e Vitória, até chegar em São Paulo.A peça estreará no teatro da FAAP no dia 19 de setembro.


     O enredo conta a história de Nawal Marwan, uma mulher de origem árabe, que, acompanhada de um casal de filhos gêmeos, deixa seu país de origem e migra para o Ocidente. Ao morrer, ele pede em testamento para que ambos encontrem o pai, que julgavam estar morto, e um outro irmão, que nunca souberam que existia.

"Incêndios - A Peça"
Teatro FAAP
Estreia prevista 19/09 (6a feira e sábado- 21h, domingo - 17h) 
Duração 120 minutos
Com Marieta Severo, Felipe de Carolis, Keli Freitas, Marcio Vito, Kelzy Ecard, Fabianna de Mello e Souza, Julio Machado e Isaac Bernat.

Se eu fosse você, o musical

     Estreou nos palcos paulistanos a versão para teatro da série cinematográfica nacional "Se Eu Fosse Você, o Musical". Inspirado no mega sucesso dos dois filmes, Flávio Marinho adaptou a história para o teatro. A direção ficou a cargo de Alonso Barros, que contou com a supervisão de Daniel Filho, o diretor dos dois filmes da série. O espetáculo veio do Rio de Janeiro, onde cumpriu sua temporada. 

     Para a peça, o autor focou mais no segundo filme para criar a versão, mas incluiu algumas cenas do primeiro. O enredo da história continua a mesma - Helena (Cláudia Netto) e Claudio (Nelson Freitas) estão em crise no casamento e resolvem se separar. A filha do casal precisa contar para os pais que está grávida do namorado. Até que após uma reunião para acertar os detalhes da separação, Helena e Claudio ao pegar um elevador, trocam de corpos (cena muito interessante). A confusão está formada.


     "Se Eu Fosse Você, o Musical" tornou-se uma comédia musical, com a inclusão de alguns dos clássicos da eterna rainha do rock brasileira, Rita Lee (foi ver a peça na estreia VIP e deu suas bençãos). Ao todo, são 28 músicas de Rita, como "Mania de Você", "Meu Doce Vampiro", "Nem Luxo, Nem Lixo", que costuram os diálogos dos personagens.

     Os cenários do espetáculo são de uma extrema criatividade. Utilizam projeções; um cenário móvel que reproduz a casa dos protagonistas; armações geométricas que funcionam como portas, vitrines de loja; inclusive uma piscina no palco; tudo para reproduzir os lugares por onde as ações ocorrem. Também temos que destacar a beleza dos cerca de 130 figurinos usados pelos atores.

     O casal de protagonistas que no cinema foi vivido por Glória Pires e Tony Ramos, no palco coube a Cláudia Netto e Nelson Freitas. Cláudia já tem uma longa experiência de sucesso nos palcos musicais. Nelson, que atualmente pode ser visto no programa de televisão Zorra Total, também tem uma carreira consolidada nos palcos, mas já estava afastado há 11 anos.


     Ambos tem que construir dois personagens - os seus Cláudio e Helena. Para tanto há uma observação de como o outro construiu seu personagem original, e sobre esta criação fazer então a sua análise e transformá-la sem ser uma cópia.

     No elenco, temos Fafy Siqueira que faz o personagem Vivinha, mãe de Helena. A filha do casal é vivida por Estrela Blanco e seu namorado, Olavinho, pelo ator Bruno Sigrist.  Juntos a eles, temos mais 19 atores que completam a equipe. Os atores são acompanhados nos números musicais por uma banda de 10 músicos.  

     Com certeza, "Se Eu Fosse Você, o Musical" fará o mesmo sucesso em São Paulo que teve nos palcos cariocas. O elenco está afinado (houve algumas substituições no elenco paulistano), as músicas são contagiantes e o casal de atores dá um show na interpretação. 

     Você irá se divertir no espetáculo. Só tome cuidado se subir com seu acompanhante no elevador para chegar a plateia. Prefira a escada rolante do Teatro CETIP.

Se Eu Fosse Você, o Musical
Teatro CETIP (antigo Teatro do Complexo Ohtake Cultural)
Até 14/12 (5a e 6a feira - 21h, sábado - 17h e 21h e domingo - 17h)
Duração 150 minutos (com intervalo de 15 minutos)
Com Cláudia Netto, Nelson Freitas, Fafy Siqueira, Bruno Sigrist, Lua Blanco e grande elenco.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Rita Lee Mora ao Lado - agora até novembro

   
   
O teatro musical brasileiro volta e meia aposta suas fichas nos artistas nacionais. Já foram contadas nos palcos, a vida e a obra de vários cantores, como Elis Regina (Elis, a Musical), Tim Maia (Tim Maia, Vale Tudo), Luiz Gonzaga (Gonzagão, a Lenda), Cazuza (Cazuza, Pro Dia Nascer Feliz, o Musical), Adoniran Barbosa (Os Boêmios de Adoniran), entre outros.

     E ainda tem mais homenagens saindo do forno. O musical sobre Cássia Eller estreou no primeiro semestre em palcos cariocas e já começou a excursionar pelo país, com estreia prevista para o final do ano para São Paulo. Wilson Simonal, Clara Nunes, Marlene e Emilhinha e o Velho Guerreiro são os próximos.

     Homenagens são sempre bem vindas. Melhor ainda quando o artista está vivo e pode vê-la. Rita Lee Jones, ou simplesmente, Rita Lee, nossa rainha do rock, está retratada na peça "Rita Lee Mora ao Lado", no Teatro das Artes desde o começo deste ano. Já teve sua temporada estendida pela segunda vez. É mais uma oportunidade para você que não viu, ou que queira rever a história de Rita. 


     O musical conta a vida da cantora sob a ótica da sua vizinha, Bárbara Farniente. A mãe de Bárbara era apaixonada pelo pai de Rita, e muda-se para a casa ao lado, quando estes vão para São Paulo. Com isso, as vidas de Bárbara e Rita se cruzam em vários episódios. A peça foi baseada no livro "Rita Lee Mora ao Lado - Uma Biografia Alucinada da Rainha do Rock", do escritor Henrique Bartsch.

     Durante os 150 minutos, vemos a história de Rita Lee. Sua infância, os primeiros grupos musicais - Teenager Singers, Tutti Frutti e Os Mutantes, até a ida para a carreira solo e o encontro com Roberto de Carvalho.

     Também encontramos personagens importantes da nossa história musical e cultural que fizeram parte da vida de Rita. É quando aparecem no palco, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Elis Regina, Hebe Camargo, entre outros. Contradizendo a imagem que tem de não aparecer nos seus próprios shows, até Tim Maia dá uma canja no espetáculo.


     Neste musical, as músicas de Rita não servem como diálogos, como encontra-se na maioria dos musicais. "Saúde", "Ando Meio Desligado", "Menino Bonito", "Panis et Circenses", "Agora Só Falta Você", entre outras, são cantadas como músicas mesmo.

    Mel Lisboa está bem como Rita. Ela não tenta fazer uma caricatura e consegue, através de uma boa atuação, reproduzir os jeitos e trejeitos da Rita Lee. As vezes, você se confunde pensando que e a própria que está no palco. Quanto a parte musical, Mel está bem. Não tem a voz de Rita (nem tenta), mas consegue segurar a platéia.

     Quem também é fã da cantora, passará a peça inteira cantando junto com os atores. Parabenizo o ator Fabiano Augusto, que faz um Ney Matogrosso impecável, também sem ser caricato. Tem uma cena linda e emocionante que é quando Rita despede-se dos seus amigos que já se foram. Fica difícil não se emocionar também.

     Então, não perca tempo. Rita Lee ainda mora ao lado. E como já dissemos, agora só falta você!

Rita Lee Mora ao Lado
Teatro das Artes
Até 23/11 (6a feira - 21h30, sábado - 21h e domingo - 19h)
Duração 120 minutos
Com Mel Lisboa, Carol Portes, Rafael Maia, Fabiano Augusto e grande elenco.

Lotação "Quase" Esgotada


        Rodrigo Sant'anna anda em alta em São Paulo. O intérprete de Valéria, personagem que o apresentou ao grande público no programa "Zorra Total", está em São Paulo com duas peças e mais uma a caminho. Rodrigo atua em "Lotação Quase Esgotada" e também em "Retratos e Canções - Uma Comédia Nostálgica".

     O Cenas Culturais já fez a matéria sobre a peça "Retratos e Canções - Uma Comédia Nostálgica". Você pode ler acessando o link.

     "Lotação Quase Esgotada" estreou no dia 09 de agosto e ficará em cartaz até 14.09. Rodrigo Sant'Anna simplesmente faz 23 personagens na peça. O enredo é simples - um dia na vida de um funcionário de um restaurante carioca da moda que tem que atender as ligações de clientes interessados em fazer reservas. Só que este dia dá tudo errado. São personalidades - estrelas, socialites, políticos, que exigem seu lugar no restaurante, e o pobre do funcionário que tem que lidar com as ligações, com o relacionamento com o chefe e colegas de trabalho e com seu desejo de arrumar um emprego na carreira de ator.  

     O ator interpreta os personagens, fazendo as vozes e os trejeitos. E ainda interage com a platéia. Rodrigo tem o timing da comédia. O público ri sem parar com seus personagens.


     Até o nome da peça tem sua graça. Isto porque, segundo o ator, uma vez ele foi abordado por uma senhora que lhe disse que o adorava, queria vê-lo, mas quando chegava na porta do teatro e lia "Lotação Esgotada" (o nome original da peça), dava meia volta e ia embora. A solução foi mudar o nome da peça.

     A peça é uma boa opção para aquele programa a tarde, para ir com família e dar umas boas gargalhadas. Os horários são diferenciados - domingo acontece no meio da tarde, isto porque o ator tem a peça "Retratos e Canções - Uma Comédia Romântica", que acontece mais a tarde em outro teatro. Ou seja, depois da peça, ainda dá para andar pela avenida Paulista e curtir o começo da noite.

   
     Sua próxima peça a estrear, ocupando o lugar de "Lotação Quase Esgotada" será a "Comício Gargalhadas", onde ele apresenta, numa versão sem censura, os seus personagens que estão na televisão.

     Vale a pena conferir o trabalho de Rodrigo Sant'Anna nos palcos, onde ele iniciou seus trabalhos. Como ele diz no final de "Lotação Quase Esgotada" - "Se gostou, compartilhe com os amigos. Se não gostou, pratique o desapego".

Lotação Quase Esgotada
Teatro Gazeta
Até 14/09
Sábado - 18h; Domingo - 15h30
Duração 60 minutos
Com Rodrigo Sant'anna.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Conheça a nossa cidade.

   
     
     São Paulo foi fundada em 25 de janeiro de 1554 por padres jesuítas. Em menos de cinco séculos tornou-se o principal centro financeiro, corporativo e mercantil da América Latina. É a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano, da lusofonia e de todo o hemisfério Sul. 

     Mas apesar de toda sua importância, não se conhece muito sobre a sua história. Nos bancos escolares, é ensinada somente a história do mundo ocidental e do Brasil. Ou seja, a população paulistana não sabe sobre seu passado.

     Pensando sobre isso, o Centro Integrado Empresa - Escola (CIEE), em parceria com a Academia Paulista de História (APH), promove desde 2003 o Curso de História de São Paulo. Em cada edição, as aulas destacam um tema geral sobre a cidade.


     Para 2014, o tema geral é sobre entretenimento na cidade. As aulas acontecem todas as quintas-feiras, das 09h30min às 12 horas. As aulas desta 11a edição abordarão os seguintes assuntos:

21/08 - Das calçadas às salas de concerto: o violão em São Paulo
28/08 - O Jardim Botânico na paisagem paulistana, entre ciência e entretenimento
04/09 - Produção cultural e sociabilidade no centro de São Paulo
11/09 - Festas públicas na Capitania de São Paulo
18/09 - Parques infantis, uma inovação paulistana
25/09 - O futebol de várzea e as associações esportivas populares
02/10 - Entre o erudito e o popular: Piolin e Arrelia no circo-teatro paulistano
09/10 - Teatro amador em São Paulo: cultura e política
16/10 - A era dos festivais de música
23/10 - O espaço das artes na cidade de São Paulo

     As inscrições são gratuitas e obrigatórias, e devem ser feitas por aula de interesse, individualmente, por meio do site do CIEE. Todos os participantes recebem certificado de participação. O material que é apresentado durante as aulas pode ser acessado depois no próprio site. 

     Aproveite esta oportunidade para conhecer mais sobre a sua história.

11o Curso de História de São Paulo
Espaço Sociocultural - Teatro CIEE
De 21/08 a 23/10 
Quinta, das 09h30 às 12h
Entrada gratuita

terça-feira, 26 de agosto de 2014

O Homem de La Mancha no SESI-SP


     Dom Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança voltam aos palcos brasileiros na peça musical "O Homem de La Mancha". O Atelier de Cultura, em parceria com o SESI-SP, monta sua nova produção. A peça já havia sido montada no Brasil há 42 anos, com Paulo Autran, Bibi Ferreira e Grande Otelo como o trio principal de atores.


     O espetáculo é baseado na história de "Dom Quixote", de Miguel de Cervantes. Teve sua estréia na Broadway em 1965. Já ganhou cinco prêmios Tony, que é considerado o "oscar" das produções teatrais. A história é sobre um pequeno fidalgo castelhano, que é apaixonado por romances de cavalaria, e de tanto lê-los acabou por enlouquecer, passando a imitar seus heróis favoritos dos livros, sempre acompanhado de seu fiel escudeiro, Sancho Pança.

     A peça está em fase final de ensaios e tem a data de estreia para 13 de setembro. A direção geral é mais uma vez de Miguel Falabella. O Atelier de Cultura, o SESI-SP e Falabella mantém o excelente trabalho que fizeram com a montagem de "A Madrinha Embriagada", que ficou nos palcos do SESI-SP de 17 de agosto de 2013 a 29 de junho de 2014.

     Mais uma vez, Falabella adaptou a montagem da peça para a realidade brasileira. Ao invés de se passar no período da Inquisição Espanhola, Dom Quixote e Sancho Pança vieram parar em um manicômio local da década de 30


     O herói espanhol sonhador ganhou em terras brasileiras a influência de Arthur Bispo do Rosário. Bispo do Rosário também passou 50 anos de vida enclausurado em um manicômio. E expressava sua "lucidez" através de sua arte. Cláudio Tovar foi convidado para fazer os figurinos da peça inspirado na arte de nosso herói tupiniquim.

     A versão das músicas da peça original foi feita por Chico Buarque e Ruy Guerra. Algumas das músicas viraram clássicos, como "Sonho Impossível", na voz de Maria Bethânia. Para a montagem de agora, Falabella fez uma nova versão das músicas para adaptá-las aos diálogos.

     São ao todos 35 atores e 16 músicos carinhosamente escolhidos para esta nova versão. O trio principal é de Cleto Bacic, como Dom Quixote; Sara Sarres, como Dulcinéia; e Jorge Maia, como o fiel escudeiro Sancho Pança.

     O elenco completo é o seguinte:
Cleto Baccic: Dom Quixote/Cervantes
Sara Sarres: Aldonza (Dulcinéia)
Jorge Maia: Sancho Pança
Guilherme Sant’anna: Governador
Carlos Capeletti: Duque
Fred Silveira: Cover Dom Quixote/Ensemble
Kiara Sasso: Antônia
Ivan Parente: Padre
Ivanna Domenyco: Criada
Frederico Reuter: Dr. Sansão Carrasco
Edgar Bustamante: Hospedeiro
Arízio Magalhães: Barbeiro
Fabi Bang: Cigana
Luciana Milano: Maria
Carol Isolani: Ensemble
Clarty Galvão: Ensemble
Ingrid Gaigher: Ensemble
Jana Amorim: Ensemble
Mariana Saraiva: Ensemble
Naomy Schölling: Ensemble
Ditto Leite: Ensemble
Elton Towersey: Ensemble
Felipe Guadanucci: Ensemble
Jessé Scarpellini: Ensemble
Johnny Camolese: Ensemble
Julio Mancini: Ensemble
Lázaro Menezes: Ensemble
Marcelo Góes: Ensemble
Pedro Arrais: Ensemble
Philipe Azevedo: Ensemble
Tiago Kaltenbacher: Ensemble
Tony Germano: Ensemble
Vandson Paiva: Ensemble
Ygor Zago: Ensemble
Anelita Gallo: Dance Capitain

     Os ingressos são distribuídos gratuitamente mediante reserva pelo site Meu Sesi todos os dias 10 e 25 de cada mês. Caso não consiga fazer reserva, são distribuídos na bilheteria 50 ingressos no dia do espetáculo.

     O espetáculo também já tem uma página não oficial no Facebook. É organizada pela Graziela Vieira, Fernanda Santos, Anauê Stein e Rodrigo Pucci, que também fizeram a página não oficial da peça "A Madrinha Embriagada". Apresenta sempre notícias atualizadas da montagem.

     Com certeza, será mais uma produção nacional de sucesso. Não percam. "O Homem de La Mancha" estreia dia 13 de setembro no palco do Teatro do SESI-SP.

O Homem de La Mancha
Teatro do Sesi-SP
De 13 de setembro à 21 de dezembro (voltará em 2015)
Quarta a sexta, 21h; Sábado, 17h e 21h; Domingo, 19h.
Duração 105 minutos
Entrada Gratuita
Com Cleto Bacic, Sara Sarres, Jorge Maia e grande elenco.

sábado, 23 de agosto de 2014

Agenda do Final de Semana


Veja as dicas do Cenas Culturais para o seu final de semana:

Parque do Ibirapuera - Que completou 60 anos nesta quinta feira, dia 21. A comemoração seguirá até o dia 31 de agosto. O parque que foi criado para comemorar os 400 anos da cidade de São Paulo. Teve seus principais prédios projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Dentro dele há uma série de museus, pavilhão japonês, três lagos, área para prática de esportes, auditório, entre outras atividades. A programação dos eventos que comemoram a data está no site da Prefeitura. O Cenas Culturais fará uma semana especial de dicas dedicadas ao Parque. 


Cazuza, Pro Dia Nascer Feliz, o Musical - A peça conta os principais fatos da vida do cantor, compositor, poeta de Cazuza. Estão representados a formação do Barão Vermelho, a carreira solo, suas composições, amigos, amores e o toque pela AIDS. Mas toda a história é contada sob o ponto de vista de sua mãe, Lucinha Araújo. A peça está nos palcos do Teatro Procópio Ferreira. Imperdível.


Leitura - curte ler e a grana está curta? Não tem problema. Há vários sites que compartilham os livros em formato digital pela internet. Sugerimos o Le Livros. É um site português que põe a disposição gratuitamente cerca de 3.000 títulos de livros. As publicações são para serem lidas em tablets e notebooks. Estão nos formatos ePUB, MOBI e PDF. Agora a falta de dinheiro não é mais uma desculpa para não poder ler um livro. Leia e compartilhe o conhecimento.


O Cenas Culturais assistirá no dia de hoje a peça "Se Eu Fosse Você, o Musical", que estreou no Teatro Cetip (localizado no Complexo Ohtake Cultural)  e amanhã, a peça de Rodrigo Sant'Anna - "Lotação Quase Esgotada", no Teatro Gazeta. Não percam as matérias sobre estes espetáculos nesta próxima semana! 




     Curta seu final de semana. Sempre com as sugestões do Cenas Culturais.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

"Tropicália é preciso!"


"Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
"

Com estes versos da música "Panis et Circenses", Caetano Veloso anunciava uma revolução na Música Popular Brasileira. No ano de 1968, um grupo de artistas baianos lançou o álbum "Tropicália ou Panis et Circenses". Este álbum, onde tinha a música de mesmo nome, foi o que deu origem ao movimento Tropicalista.

Tropicália foi o resultado da união dos artistas baianos, encabeçados por Caetano e Gilberto Gil, com a participação de Torquato Neto, Os Mutantes, Tom Zé, Gal Costa, entre outros na área da música; nas artes plásticas, temos Hélio Oiticica; no cinema, o Cinema Novo de Gláuber Rocha; e no teatro, a presença marcante de José Celso Martinez Corrêa.

O movimento surgiu sob a influência da vanguarda, da cultura pop, misturou manifestações tradicionais da cultura brasileira com inovações estéticas radicais. É o caso do uso das guitarras elétricas nas músicas, em um país que vivia de um banquinho e um violão.

O Tropicalismo enfrentou também a Ditadura, o período do governo militar que o Brasil vivia. Seus representantes usavam roupas coloridas e cabelos compridos. E como tudo que foge aos padrões incomoda, os tropicalistas incomodavam o governo com sua atitude e seus shows. E foi por causa de um show que o movimento acabou. 

Em 1969, Caetano fazia um show e no fundo do palco tinha uma bandeira do país idealizada por Hélio Oiticica. Nos dizeres estava escrito: "Seja Marginal, Seja Herói" e tinha o rosto de um traficante famoso na época que havia sido assassinado pelos militares. Os militares queriam apenas um pretexto para encerrar as apresentações do grupo tropicalista. Com isso, Caetano e Gil foram exilados e o movimento terminou. 


O show nos dias de hoje
Também é com a música "Panis et Circenses" que o ator e cantor Fabiano Medeiros abre a segunda temporada paulistana de seu show "Tropicália é Preciso". No show, Fabiano mostra a influência que o movimento teve na cultura popular brasileira."

São apresentados os clássicos de Caetano, Gil, Tom Zé, entre outros. Muitas músicas tem até arranjos diferentes. A apresentação também conta com projeções cenográficas e sonorização surround criados especialmente para o show.

Fabiano Medeiros apareceu como destaque para o grande público no show de Milton Nascimento, "Tambores de Minas". Seus trabalhos mais recentes foram  o show "Divino Maravilhoso" e a peça "Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz, o Musical"

No show "Divino Maravilhoso", Fabiano cantou com Yael Pecarovich músicas de Gal Costa e Ney Matogrosso. Yael atua na peça musical "Rita Lee Mora ao Lado", interpretando a cantora Gal Costa. E Fabiano faz o papel de Ney Matogrosso no musical "Cazuza - Pro Dia Nascer Feliz, o Musical".

Esta temporada de "Tropicália é Preciso" é composta de quatro shows. O primeiro foi nesta terça passada, com participação especial do ator e cantor Emílio Dantas, que faz o Cazuza, na peça que o Fabiano atua. Tem mais três oportunidades: 02, 16 e 30 de setembro. Sempre às terças feiras, as 21 horas.

Não perca! Venha revisitar o movimento que mudou as estruturas culturais do país.

Tropicália é Preciso
Teatro MUBE Nova Cultural
02, 16 e 30/09 (terça-feira às 21h)
Duração 90 minutos
Com Fabiano Medeiros, banda e convidados especiais.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Turismo Cemiterial - uma aula de história e simbologia (1/2)

   

     Você já visitou um cemitério? Por que não? O que leva a uma grande parte das pessoas de "temer" entrar em um? Afinal, é para ser a nossa última morada. Lógico, dependendo de qual for o seu credo. Será que foi influência dos filmes e literatura de terror, ou por causa mesmo da nossa religião?

     Mas saiba que existem pessoas (não as góticas, nem as que tem algum tipo de deficiência mental) que vão a cemitérios para realizar o Turismo Cemiterial. Este tipo de turismo tem como foco principal a exploração do patrimônio histórico-cultural do lugar, bem como visitar túmulos e mausoléus de pessoas conhecidas ou "santas".

     Na cidade de Paris, capital da França, fica o mais famoso e visitado cemitério do mundo, o Pére Lachaise. Ele recebe cerca de 2 milhões de visitantes por ano. São pessoas - turistas como você e eu - de várias nacionalidades que o visitam para ver os túmulos de personalidades como Balzac, Proust, Oscar Wilde, Champolion, Gilbert Bécaud, Maria Callas, Jim Morrison, Edith Piaf, Moliére, entre outros.


     Próximo a nós, na capital da Argentina, Buenos Aires, temos o Cemitério da Recoleta. Milhares de visitantes por ano são atraídos pelos seus inúmeros monumentos e esculturas, bem como pelos túmulos de Evita Perón e outras personalidades nacionais.


     Ambos cemitérios tem visitas guiadas. Além destes podemos citar outros cemitérios famosos, que também são bem visitados, como os de Montparnasse (Paris - França); Alto de São João (Lisboa - Portugal); Highgate, West Norwood e Brookwood (Londres - Inglaterra).

     Em São Paulo, ainda não temos difundido o Turismo Cemiterial. Há alguns grupos que realizam visitas guiadas aos principais cemitérios da cidade. O Cenas Culturais realizou visitas aos Cemitérios da Consolação e do Araçá, que foram realizadas pelo grupo "São Paulo Antiga" e pelo grupo do Facebook "Memórias Paulistanas". O Serviço Funerário do Município de São Paulo (SFMSP) também realiza visitas guiadas no Cemitério da Consolação.

Construção dos Cemitérios

     Os cemitérios surgiram como resposta a antiga tradição de enterrar os mortos dentro das igrejas, ou no seu entorno. Isto porque aquele solo era sagrado e com isso as almas iriam diretamente aos céus. Quem não fosse católico, teria seu corpo enterrado fora da área da igreja.

     E naquele tempo, até na morte havia a separação de classes. Quão mais próximo do altar, mais caro o sepultamento.

     Isso também foi um dos motivos para que a cidade de São Paulo tivesse tantas igrejas. Além do que, as pessoas frequentavam as igrejas (e davam seus dízimos) de seus santos de devoção. O tamanho de uma cidade também poderia ser medido pelo número de igrejas que ela tinha. Salvador, capital da Bahia, goza de ter cerca de 360 igrejas, uma para cada dia do ano.

     Mas o hábito de enterrar os mortos debaixo do piso da igreja provocava doenças (um dos motivos da Peste Negra na Europa), além dos corpos em decomposição exalarem um mau odor.

     Com isso, os médicos sanitaristas paulistas a fim de garantir a salubridade e evitar epidemias puseram fim a este hábito no meio do século dezenove. Para tanto precisaram criar o primeiro cemitério público municipal, que recebeu este mesmo nome e depois teve seu nome trocado para Cemitério da Consolação.

     Obs: O 1o cemitério que a cidade teve foi o Cemitério dos Aflitos, que ficava no bairro da Liberdade, de 1775. Mas como era administrado pela Igreja Católica, não era público. Funcionou até a inauguração do cemitério da Consolação.

Cemitério da Consolação (álbum de fotos)

     O cemitério foi fundado em 15 de agosto de 1858. Ele foi construído "afastado" da cidade, já que São Paulo estava concentrada na região do triângulo histórico (região compreendida entre os Largos de São Francisco, São Bento e da Sé), incluindo a região da Luz e dos Campos Elíseos.

     O local também foi escolhido por médicos e engenheiros porque era numa região alta, a direção dos vento, a qualidade do solo, além da distância da cidade.

     O terreno era uma parte de domínio público e outra de propriedade de Marciano Pires de Oliveira, que vendeu-o para a Câmara Municipal. Domitila de Castro Canto e Melo, Marquesa de Santos, doou uma verba para a construção da capela do cemitério.


     O cemitério da Consolação foi o único de São Paulo até o ano de 1893, quando foi aberto o cemitério do Brás ou da "4a Parada" (leva este nome porque era a 4a parada da estação de trem que ia do Brás para o município de Cachoeira Paulista), e em 1897 foi inaugurado o cemitério do Araçá.

     Nos primeiros anos eram enterradas pessoas de todas as classes sociais, inclusive os escravos (transferidos do cemitério dos Aflitos). Até que no século vinte, o cemitério passa a receber quase que exclusivamente pessoas da classe média alta e da burguesia.

     Com isso, começam a surgir os mausoléus de bronze e mármore, com estátuas de escultores como Victor Brecheret, Nicola Rollo, Luigi Brizzolara, entre outros. É o que chamamos de arte tumular. Dava status ter um mausoléu sofisticado e bem ornamentado.


     O de maior destaque no cemitério da Consolação é o da família Matarazzo. É o maior da América Latina, que tem uma altura de 25 metros, o equivalente a um prédio de 3 andares. Sua área é de 150 metros quadrados, e dizem os cronistas da época, que custou o mesmo que o Hospital Umberto I.

     No cemitério podemos ver basicamente o quem foi quem do século vinte. Estão enterrados a Marquesa de Santos, presidente Campos Sales, Antonio da Silva Prado, Monteiro Lobato, Caetano de Campos, Caio Prado Júnior, Cândido Fontoura, Francesco Matarazzo, Júlio de Mesquita, Líbero Badaró, Mario de Andrade, Batuíra, Pérola Byington, Ramos de Azevedo, entre outros.

     Quer visitar o cemitério por conta própria. Saiba que para poder tirar foto dos túmulos e mausoléus, tem que pedir autorização nas administrações dos cemitérios. Ou realizar um visita guiada. Seguem os dois guias feitos pela Prefeitura de São Paulo sobre o Cemitério da Consolação (guia e mapa)

Cemitério do Araçá (álbum de fotos)

     Para poder atender às famílias, pois os cemitérios da Consolação e da 4a Parada já estavam ficando sem espaço, foi aberto em 1897 o cemitério do Araçá.


      Também estão enterradas na sua área, membros de famílias ricas e tradicionais de São Paulo. Mas aqui como o terreno era maior, a distinção de classes fica mais evidente. No alto, próximo a entrada e a capela, estão os jazigos e mausoléus de famílias mais abastadas. Na parte baixa do cemitério, e mais longe do acesso de entrada, estão sepultados as famílias de classes sociais mais simples.

     A arte tumular presente neste cemitério também enche os olhos de quem o visita. São construções feitas também por escultores de renome.


     No Araçá estão enterrados Assis Chateaubriand, Cacilda Becker, Francisca Júlia, José Carlos Pace, José Cutrale Júnior, Primo Carbonari, Plínio de Arruda Sampaio, entre outros.

     Curiosidade - Neste cemitério teve uma estátua que se moveu e foi parar em outro lugar. Explicamos. No túmulo da poetisa Francisca Júlia foi construída uma estátua, que levou o nome de um de seus poemas, "Musa Impassível". A construção ficou a cargo do escultor Victor Brecheret. Por causa da ação do tempo e do clima, a estátua estava se deteriorando. Então para preservar a obra, retirou-se a original do túmulo da poetisa e colocou-se uma réplica. A original pode ser vista na Pinacoteca de São Paulo. Quer saber mais da história de Francisca Júlia e da Musa Impassível, leia aqui na matéria da historiadora Glaucia Garcia.


     Como deu para perceber, os cemitérios são muito mais do que simplesmente a última morada dos corpos dos nossos entes queridos. É um lugar, que respeitosamente, pode servir como um ponto turístico a mais tanto para os visitantes, quanto para os próprios moradores da cidade, conhecerem mais sobre sua história, além de poderem observar obras de arte.

     Em uma próxima matéria, falaremos sobre a simbologia presente nas esculturas e mausoléus dos cemitérios. Não perca!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Chico Buarque faz 70 anos

 

     Como definir Chico Buarque? Como começar uma matéria sobre Chico sem ser redundante? Que tarefa hercúlea é essa de falar sobre uma pessoa que faz parte da cultura brasileira, com ramificações em vários países do mundo?

     Chico Buarque é compositor, cantor, músico, dramaturgo, escritor e dono dos mais famosos "olhos azuis" do cancioneiro nacional. Ou será que seriam verdes? 


     Mas tanto faz, Chico é. Todos conhecem pelo menos uma, ou duas, ou três, ou várias de suas composições. Composições estas que são gravadas, regravadas, versionadas tanto na sua língua pátria, quanto em outros idiomas.

     Carioca, torcedor do fluminense, dito acanhado, avô, Chico faz parte da nossa história. Participou dos festivais da canção - nacionais e internacionais. Foi perseguido pela ditadura. Teve um pseudônimo, Julinho da Adelaide, para que suas músicas não fossem censuradas. Foi "convidado" a sair do país durante os anos de 69 e 70. Voltou. Participou do processo "Diretas Já". Escreveu para teatro, inclusive o infantil. Virou escritor de livros. Comemora neste ano 70 primaveras (nasceu no Rio de Janeiro em 19 de junho).

     Mas somos nós, seu público, que ganhamos os presentes. Durante este ano de celebrações, o público de teatro poderá ver e rever boa parte de suas obras. Temos e teremos: "Ópera do Malandro", "Os Saltimbancos Trapalhões", "O Grande Circo Místico", "Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos", "Palavra de Mulher", "Os Saltimbancos".

     "Ópera do Malandro" está sendo apresentada duas vezes neste ano. Nos palcos do Centro Cultural Banco do Brasil SP é a montagem da Cia de Revista (que já está com todos ingressos esgotados para a temporada), e no Rio de Janeiro, no Theatro NET Rio, a montagem de João Falcão (que tem previsão de estréia para o final do ano nos palcos paulistas.


     "Os Saltimbancos Trapalhões" é uma obra da dupla Moeller e Botelho, que adaptou o filme feito para o cinema do grupo Os Trapalhões para os palcos. A música para o filme foi feita por Chico Buarque. O filme foi baseado na peça "Os Saltimbancos", feita por Chico Buarque. Estreia em setembro em palcos cariocas, com a presença de Renato "Didi" Aragão e Dedé Santana.


     "O Grande Circo Místico" também é uma peça dirigida por João Fonseca. Os autores Newton Moreno e Alessandro Toller criaram uma dramaturgia para um espetáculo que foi concebido originalmente como um espetáculo de dança, com músicas de Chico Buarque e Edu Lobo. Está em cartaz no Theatro NET SP.


     "Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos" feita também pela dupla Moeller e Botelho. A peça utiliza das músicas de Chico Buarque feitas para teatro para contar a trajetória de uma trupe teatral. Marcar também o retorno aos palcos de Claudio Botelho. Atualmente no teatro da FAAP. Após a temporada paulista irá para Portugal.


     "Palavra de Mulher" é uma peça com direção de Fernando Cardoso, com a presença de Lucinha Lins (a eterna "gata" do filme "Os Saltimbancos Trapalhões"), Tania Alves e Virginia Rosa. Em um clima de cabaret, as três cantrizes cantam as músicas de Chico e embalam os corações da plateia. Está excursionando pelas cidades brasileiras.


     "Os Saltimbancos" é uma peça infantil que foi versionada do original em italiano para o português por Chico Buarque. Ele também adicionou músicas próprias ao espetáculo. Esta peça já faz parte das montagens de grupos de teatro infantis (e que podem ser vistas e revistas por "crianças de todas as idades") desde 1977.


     Com certeza a comemoração durará os próximos anos. Afinal, ainda tem para serem remontadas "Calabar", "Gota d'Água", "Corsário do Rei", "Morte e Vida Severina" (peça de João Cabral de Melo Neto, com músicas de Chico), "Roda Viva" (se o autor permitir), além de novas montagens inspiradas em suas músicas, como a "Reconstrução, do grupo Cia da Revista, que está com a peça no projeto de crowdfunding  do site Catarse.

     Parabéns Chico! Que suas obras continuem inspirando as nossas vidas!