Cenas Culturais

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sábado, 31 de maio de 2014

Que tal um passeio pela avenida Paulista


     A avenida Paulista apresenta uma vasta opção de lazer e entretenimento, além de ser o local de trabalho, para a população que mora na cidade, bem como aos turistas que visitam São Paulo.

     Temos shoppings, teatros, cinema, livrarias, museus, centros culturais, prédios históricos, restaurantes, bares, botecos, padarias, igrejas, apresentações musicais nas suas calçadas,... Ou seja, tem sempre algo novo e diferente acontecendo nela.

    Como sugestão de passeios, o Cenas Culturais indica os seguintes lugares:

a) Avenida Paulista

b) Casa das Rosas

c) MASP

     Em breve, aqui no Cenas Culturais falaremos de outros pontos turísticos e de interesse dessa avenida.

     Enquanto isso, bom passeio pela avenida símbolo da cidade de São Paulo. Bom final de semana.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Malévola - nem tão má assim


     Com certeza, você já ouviu sua história. Ela não foi convidada para uma festa de aniversário. Com raiva, rogou uma praga para que a aniversariante morresse. Mas uma madrinha da menina, que ainda não havia dado seu presente, fez com que ao invés da aniversariante morrer, ela e todos os convidados dormissem indeterminadamente. Quando um jovem aparece vindo de uma outra cidade, ele a encontra e a acorda com um beijo apaixonado.

     Mas não deve saber das origens de sua história. No conto original, em meados do século dezessete, a Bela Adormecida, aos quinze anos, prende um espinho venenoso sob a unha e adormece profundamente. Só que um dia, um rei a encontra e resolve estuprá-la. Após nove meses, a jovem dá a luz à gêmeos. Os bebês, com fome, buscam o leite materno, acabam chupando um de seus dedos e retiram o espinho envenenado. Com isso, Bela Adormecida acorda, e não entende o que está acontecendo.

     Mas o rei, que era casado, ao saber que a menina acordou, manda seus súditos trazê-la para o palácio. A rainha, com inveja, tenta matar a mãe e as crianças. So que é impedida pelo próprio rei, que acaba matando-a. Com isso, Bela Adormecida casa-se com o rei, que a estuprou, e vivem felizes para sempre.

     É, as histórias dos contos de fada não são tão boazinhas como parecem. Essas alterações foram feitas ao passar do tempo e principalmente, graças a figura de Walt Disney, que mudou toda a temática e o propósito dos contos de fadas. Eles foram escritos para ser um modo de orientação às crianças que deixavam a infância para a vida adulta (naquele tempo não tinha isso de juventude). E depois de Disney, para poderem gerar receita para sua empresa.

     Com essas mudanças, ficamos sabendo somente a história dos vencedores, os perdedores são sempre transformados em vilões e nunca mostram o seu ponto de vista. E uma verdade é composta de várias faces, tanto a dos vencedores, quanto dos perdedores.

     Para contar a versão dos ditos "vilões", foram feitos livros e filmes. Assim como Elphaba, a bruxa má do oeste da história "O Mágico de Oz", que teve seu ponto de vista contado no musical "Wicked"; agora temos outra figura injustiçada dos contos de fada, Malévola, a bruxa de "A Bela Adormecida" que irá contar sua visão dos fatos, em filme que tem o mesmo nome da protagonista.
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     O roteiro é feito pelos estúdios Disney, só que sob o ponto de vista de Malévola. Antes de seu futuro sombrio, ela era uma bela e humilde jovem que vivia em um reino pacífico na floresta. Quando um exército de  humanos invade e acaba com a paz do seu reino, Malévola torna-se a feroz protetora do seu lar. Só que acaba sendo traída. E isso desencadeia o sentimento de frieza e maldade em seu ser. Com isso, ela lança uma maldição na filha recèm-nascida do rei invasor. Só que com o passar da história, Malévola percebe que Aurora pode ser a chave de muitos mistérios.

     Angelina Jolie está perfeita no papel. Ela é o filme. Os outros personagens são mero coadjuvantes de sua história, mas que estão também bem no filme.


Classificação: Como disse, o filme é da Disney, então não espere um estudo mais aprofundado da natureza humana. O filme diverte. Esperando ansioso agora pela versão de Wicked.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

Não Percam - Só até domingo

 

   
     Neste domingo, dia 01 de junho, estarão encerrando suas temporadas, duas excelentes peças em São Paulo. As duas seguem temática religiosas e narram a vida de pessoas importantes na nossa história: Galileu Galilei e Jesus Cristo.


     Folias Galileu - narra, através de uma série de monólogos, os conflitos éticos e pessoais do cientista Galileu Galilei e de quem o cercava. Isto porque Galileu resolveu desafiar a Santa Igreja Católica dizendo que a Terra girava ao redor do Sol, e não o inverso, que é o que a Igreja pregava.

"Folias Galileu"
Galpão do Folias
Até 01/06
Sábado - 21h; Domingo - 19h
Duração 90 minutos
Com atores do Grupo Folias D'Arte.


     Jesus Cristo Superstar - musical dos anos 70, que conta e canta a última semana da vida de Jesus Cristo na Terra. A ação é mostrada através do bom e velho rock n' roll. E não é blasfêmia.

Jesus Cristo Superstar
Teatro do Complexo Ohtake Cultural
Até 08/06 (Quinta e sexta, 21h; sábado, 17h e 21h; domingo, 18h)
Duração 130 minutos (em 2 atos)

Com Igor Rickli, Negra Li, Alírio Netto, Fred Silveira, Wellington Nogueira,  e um grande elenco.

Que tal uma comédia para este final de semana - Vidas Privadas ou O que o mordomo viu


     Comédia é o uso do humor nas artes cênicas. É o que é engraçado, que faz rir. Tem como principal característica o engano. Frequentemente, a comicidade está no fato de um ou mais personagens serem enganados durante a peça. Para os gregos, criadores do Teatro, a Comédia falava sobre os homens comuns, da pólis, diferente da Tragédia, que trata exclusivamente dos homens superiores, os heróis.

     Ou seja, comédia é algo que faz rir. Mas o que faz você rir, pode não me ser engraçado. Humor é subjetivo. Portanto, esta matéria também é subjetiva, pois analiso as duas peças segundo o meu humor.


     Vidas Privadas - é um humor do começo do século vinte, mais sofisticado, inteligente, do autor inglês Noel Coward. É um humor que você percebe nos detalhes, nos diálogos e na boa atuação dos atores. 

     O enredo trata de um casal divorciado há cinco anos, que ao se reencontrar durante a lua de mel na Riviera Francesa, com seus respectivos novos pares, vê o amor renascer e resolve fugir para Paris. O fato desencadeia uma hilária trajetória com diálogos divertidos.

     O cenário é lindo. Representa a varanda dos dois apartamentos do hotel na Riviera e depois ele se transforma no interior do apartamento em Paris. O figurino também é muito bonito, com roupas que remetem a década de 1930. A direção é de José Possi Neto, que consegue fazer com que os quatro atores brilhem.

     Curiosidade: a peça já foi interpretada por Elizabeth Taylor e Richard Button nos papéis principais.

Vidas Privadas
Teatro Jaraguá
Até 03/08
Sexta - 21h30; Sábado - 21h; Domingo - 19h
Duração 90 minutos
Com Laví­nia Pan­nun­zio, José Roberto Jar­dim, Daniel Alvim e Maria Helena Chira



     O que o Mordomo Viu - é um humor de metade do século vinte, mais sarcástico e cínico do também autor inglês, Joe Orton. Em terras brasileiras, encontrou-se com o besteirol, tornando-se um humor mais escrachado por causa do diretor e ator, Miguel Falabella.

     O enredo trata de um psiquiatra que quer ter um caso com sua secretária. Só que no momento em que consegue despi-la, chega sua esposa. Ele consegue a tempo esconder a secretária. Só que sua esposa também está a fim de ter um caso com o mensageiro de um hotel. Neste meio tempo, a clínica de psiquiatria vai ser avaliada por um inspetor do governo. 
     
     Está criada a confusão. As ações acontecem em uma velocidade, com os atores entrando e saindo de várias portas existentes no consultório, enquanto as armações vão sendo tramadas. 

     Em uma tradução do inglês para o português, o mordomo do hotel em que a personagem da Marisa Orth ficou hospedada, virou mensageiro na peça. 

     Curiosidade:Foi nesse mesmo teatro que Falabella também atuou com sua parceira de peça, Marisa Orth, no seriado televisivo "Sai de Baixo", por sete anos. Ou seja, espere um humor similar ao do seriado, com cacos e improvisos.

O que o Mordomo Viu
Teatro Procópio Ferreira
Até 27/07
Sexta - 21h30;  Sábado - 19h e 21h30 | Domingo = 19h
Duração 90 minutos
Com Miguel Falabella, Marisa Orth e elenco.

     Portanto, veja como está o seu humor e escolha uma das duas. Com certeza, você dará boas risadas com estas duas histórias. 

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Orquestra do Instituto GPA - Boa ação


     Como as coisas acontecem quando resolvemos fazer ao invés de esperar que os outros façam. Há vários grupos ou Organizações Não Governamentais, que dedicam seu tempo e seu trabalho para ajudar o outro. Temos exemplos destas ações espalhadas no Brasil inteiro. E não precisa ser um empresário de sucesso, basta você ter a vontade de ajudar o outro.

      Um exemplo é o Programa de Música e Orquestra Instituto Grupo Pão de Açúcar, que funciona desde 1999. Visa através do ensino da música e de tocar um instrumento, apoiar o desenvolvimento para um futuro melhor de jovens e adolescentes.

     O método utilizado na aprendizagem dos instrumentos foi desenvolvido pelo violinista e professor, Alberto Jaffé. Cansado de ver desmotivados seus alunos, criou um novo método, com o qual, formou músicos em todas regiões brasileiras, até sua mudança para os Estados Unidos.

     Atualmente o programa, gratuito, acontece em cinco Casas do Instituto: Osasco, Santos e Morumbi (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). Os jovens que se destacam fazem parte da Orquestra GPA até completarem vinte e um anos.

     Uma média de 500 alunos são atendidos anualmente e até o momento, já passaram pelas suas salas de aula, mais de 13.000 jovens e adolescentes. A Orquestra representa a cultura musical do Brasil em exibições no país e no exterior.

     Neste ano, a Orquestra do Instituto GPA lançou seu primeiro CD,  com repertório bem variado, passando dos clássicos, como Mozart e Vivaldi, pelos populares, como The Beatles e Queen, chegando em canções brasileiras, como Heitor Villa Lobos. As encomendas podem ser feitas pelo email da orquestra - orquestra@institutogpa.org.br  


     Os maiores e melhores resultados são as transformações das crianças atendidas. Isto fica nítido em casa, no bom rendimento na escola e no futuro delas. Alguns ex-alunos são convidados, selecionados, escolhidos para participarem de outras orquestras, tanto no Brasil, quanto no exterior.

     Caso tenham oportunidade, não percam uma das apresentações da Orquestra do Instituto GPA. Além de participar de um bom espetáculo de música, você verá que quando queremos, conseguimos mudar nosso entorno, sem esperar pela ajuda governamental. 

     Curiosidade: A Orquestra foi convidada, e em novembro deste ano, se apresentará na famosa casa de espetáculos Carnegie Hall, em Nova Iorque. Caso esteja por lá, vá prestigiar nossos meninos. Maiores informações no site da própria Orquestra do Instituto Grupo Pão de Açúcar

terça-feira, 27 de maio de 2014

Turista no Metrô - estação Tatuapé



     Continuando nossa viagem, chegamos à estação Tatuapé. Mas você pode estar se perguntando por que não paramos na estação Penha? Em todas as estações, há um painel que informa quais são as estações que participam do "Arte no Metrô". Este painel informa que há uma obra de arte, chamada "Solaris" de autoria de Eliana Lindenberg, que estaria na Penha. Mas a obra foi trocada de estação e a informação não foi atualizada. Não tem problema, na nossa próxima parada a encontraremos.

     Mas nem por isso a estação Tatuapé ficou menos especial. Ela é o lar de um painel, feito em cerâmica vitrificada e pintada em alta temperatura, de um de nossos maiores artistas - Aldemir Martins. No mezanino do metrô, encontramos "Inter-Relação entre o Campo e a Cidade".  

     A obra retrata a ligação entre o campo e a cidade e de maneira mais ampla entre a Natureza e a Civilização. Cenas de trabalho agrário mesclam-se com o trabalho na cidade. Ou seja, é um painel que retrata os problemas com as migrações, com os deslocamentos humanos, especialmente em uma cidade como São Paulo, que recebeu contingentes humanos provenientes do Nordeste, por causa da seca. É uma obra muito colorida, bonita e impressionante pelo seu tamanho e formato.


     Aldemir Martins é um pintor nascido na cidade de Ingazeiras, no Ceará. Mudou-se para São Paulo aos 24 anos, quando realizou sua primeira exposição individual em 1946. Participou da I Bienal Internacional de São Paulo em 1951. E aos 34 anos, conquistou o Prêmio Internacional da Bienal de Veneza por conjunto da obra, e com isso, dois fatos inéditos: antes dele nenhum outro artista sul americano havia sido agraciado com tal prêmio, e nem um outro artista sequer recebeu o prêmio tão jovem. Suas obras estão presentes nos acervos de museus brasileiros e do exterior.

     A estação Tatuapé foi aberta no dia 05 de novembro de 1961. Tem acesso ao shopping center com o mesmo nome, bem como integração com a CPTM e ao Terminal de Ônibus.

     O bairro recebeu no final do século dezenas de famílias de imigrantes italianos que vieram trabalhar nas vinícolas da região. A influência italiana mantém-se até hoje. Tatuapé é sede do clube de futebol Corínthians, e é um dos bairros que se valoriza com a verticalização das suas construções, em condomínios direcionados para as classes média e alta.

     Depois do passeio pelo bairro, vamos pegar nosso metrô em direção a estação Pedro II. Favor não descer na estação Brás. Explicaremos o porquê na próxima semana. Todos a bordo.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Não Percam - Show da semana

     Nesta terça-feira, 27 de maio, as 19 horas, terá o quarto show do projeto "As Cantrizes".

     Desta vez quem estará no palco é Soraya Ravenle. estrela de cinema, teatro e televisão, além de cantora. Participou dos musicais "A Estrela Dalva", "Ópera do Malandro", "Sassaricando" e "Um Violinista no Telhado", entre outros. Atualmente, Soraya está no musical "Todas os musicais de Chico em 90 minutos" no Rio de Janeiro.

     O show acontece no Centro Cultural Correios (av. São João, s/n, esquina com o Vale do Anhangabaú). Entrada gratuita. Distribuição de ingressos a partir das 18 horas.

     Não percam!

Copa do Mundo no Brasil sem Brasil

     A copa do mundo está aí. Independente se você está contente ou não, daqui a menos de 30 dias, o Brasil receberá o principal evento futebolístico mundial.

     Sou professor de Hotelaria e Turismo. Desde que o Brasil teve esta alucinada ideia de se candidatar para ser sede da Copa e das Olimpíadas, falo para meus alunos que não dará certo, será uma oportunidade a mais para acontecer crimes de corrupção e que não teria o resultado previsto para os brasileiros.

     Mas como este blog é sobre aspectos culturais, vamos nos atentar sobre estes assuntos:

  • Decoração - onde estão as ruas decoradas, que nas outras copas, todos os jornalistas mostravam? Não estou vendo nada disso. Bem como, você anda pelas ruas e não vê nada nas lojas, parece que nem estamos neste período. Será que o povo não está desiludido e por isso nem está ai para o evento?
  • Eventos culturais - também não sai nada na mídia de eventos que acontecerão para demonstrar a vasta cultura do nosso país, para o nosso povo e os estrangeiros que vierem.  Não adianta fazer em casas pequenas, mas sim algo de proporções enormes para ser transmitido para a mídia do exterior. Lembro-me que quando morei nos Estados Unidos, as únicas notícias que tínhamos do Brasil era sobre rebeliões nas antigas FEBEM (Fundação Casa) e corrupção dos políticos.
  • Musicais sobre temas brasileiros - temos em cartaz musicais sobre Cazuza, Chico, Elis e Cássia Eller. Mas durante a Copa só dois estarão nos palcos. Porque não pensamos nisso antes e fizemos musicais sobre Tom Jobim, Vinícius de Morais, Sargentelli, ou até mesmo sobre a música brasileira, para podermos atrair o público estrangeiro? A peça "Walmor y Cacilda 64 - Robogolpe" se apresentará com legendas em inglês para atender a este público.
  • Cláudia Leite - quem disse que ela representa a música brasileira? Em um país com uma cultura musical vastíssima, com cantores conhecidos no exterior, quem está ganhando para escolher Cláudia Leite como representante do Brasil na Copa? Quem já ouviu o tema oficial da FIFA para a Copa? Nas duas últimas, todos cantavam antes do evento iniciar. A do Brasil, nunca nem ouvi, nem tenho vontade. Mas por ouvir as repercussões, deve ser "muito boa". A cantora brasileira só aparece por 40 segundos no clipe e na premiação dos Billboards deste ano, nem foi citada pelo apresentador. Ou seja, não é música nem para gringo ouvir. 
     Portanto, além dos outros assuntos econômico-político-social, a cultura brasileira também não será vencedora desta Copa do Mundo. Rezar para que os danos sejam mínimos!

domingo, 25 de maio de 2014

Resumo da semana de 19 a 24 de maio de 2014


(Re)Veja as matérias abordadas no Cenas Culturais da semana de 19 a 24 de maio.

2a feira - Chico Buarque - músicas para teatro (1): as músicas de Chico servem também como inspiração para peças de teatro, como foi exemplificado na música "Cotidiano". #ChicoBuarque #Teatro 

3a feira - Turista no Metrô - Estação Corínthians - Itaquera: a próxima parada foi na estação que dá acesso a Arena Corínthians, que será palco da abertura da Copa do Mundo de 2014. #TuristaNoMetrô#Metrô #Turismo #CopaDoMundo #Brasil#ArenaCorinthians #Itaquerão 

4a feira - As Cantrizes: ótima opção para o seu início de noite : projeto que leva ao Centro Cultural Correios, semanalmente, o trabalho de cantoras que são atrizes - as cantrizes. #cantrizes #CentroCulturalCorreios#show #VisiteSãoPaulo #Cultura #Correios

5a feira - Elis, a Musical: a vida de Elis Regina levada aos palcos #ElisRegina #Elis #ElisAMusical #teatro #TeatroAlfa #MPB

6a feira - X-Men: Dias de um Futuro Esquecido: os super-heróis dos quadrinhos em mais uma excelente história nos cinemas#XMen #Quadrinhos #Cinema#XMenDiasDeUmFuturoEsquecido

Sábado - Museu de Artes de São Paulo - MASP: Aproveite e vá conhecer o melhor e mais importante museu do Brasil #MASP #Museu #Turismo #Cultura

sábado, 24 de maio de 2014

Museu de Artes de São Paulo - MASP

         
     A economia cafeeira fez com que São Paulo do final do século dezenove deixasse de ser a nona cidade brasileira em importância, para ser a metrópole global de hoje. O café foi introduzido no país no século dezoito e se disseminou pelas regiões sudeste e sul do país. Consolidou-se como base da economia nos séculos dezenove e primeiras décadas do século vinte.

     Por causa do café surgiram novas cidades e ele auxiliou no crescimento de outras. Também foi o responsável pela introdução da ferrovia no estado de São Paulo - Companhia de Estrada de Ferro Sorocabana (interior - cidade) e a The São Paulo Railway Company, Limited, ou como era conhecida, "a Inglesinha" (cidade - litoral) - que servia para escoar o principal produto de exportação nacional. Fez com que milhões de imigrantes, especialmente europeus, viessem trabalhar no Brasil, entre o final do século dezenove e o começo do século vinte.

     Com a riqueza que gerou, influenciou no desenvolvimento da cidade. Criou-se a "avenida Paulista", com suas elegantes mansões, cujos proprietários eram os barões do café; construíram-se teatros, que se espelharam nos modelos europeus, como o "Theatro Municipal de São Paulo"; ampliou-se a cidade; difundiram-se as artes, como a Semana da Arte Moderna de 22.

     Nesta mesma época, em 1892, foi criado na avenida Paulista, o "Parque Tenente Siqueira Campos", mais conhecido como "Parque do Trianon", que foi projetado pelo paisagista francês Paul Villon. O nome Trianon é porque no lugar onde há o "Museu de Artes de São Paulo", havia o "Belvedere Trianon", que foi projetado por Ramos de Azevedo. No nível da avenida, tinha um mirante e no sub-solo, um bar/restaurante. Somente em 1931 que o parque recebeu seu nome atual, em  homenagem ao herói da revolução tenentista de 1924.

                                           Foto: Trianon e túnel 9 de julho (1936 - 1940)  Fonte: fotosedm
     
      Seguindo o desenvolvimento da metrópole, surgem as grandes indústrias, as estações de rádio, as redes de televisão. Precisava somente de "o" museu nos padrões internacionais. 

     Até que em 1947, o empresário, jornalista, mecenas, político, advogado, professor de direito, escritor, membro da Academia Brasileira de Letras, magnata das comunicações, brasileiro do município de Umbuzeiro (Pb), Assis Chateaubriand, junto de Pietro Maria Bardi, jornalista italiano e crítico de arte, inauguraram o "Museu de Artes de São Paulo", ou como é conhecido pelo seu anacrônimo, MASP

     Originalmente, instalou-se no prédio dos Diários Associados, propriedade de Chateaubriand. Após a Segunda Guerra, Bardi e Chateaubriand escolheram uma nova sede para o museu. O terreno na avenida Paulista foi cedido pela prefeitura de São Paulo, desde que respeitassem uma condição: a vista para o Centro da cidade e para a Serra da Cantareira teria de ser preservada, através do vale da avenida 9 de Julho.

     O projeto foi dado para a arquiteta italiana Lina Bo Bardi, esposa de Pietro, diretor do museu. Demorou-se cerca de 12 anos entre o projeto e a construção do MASP. O vão livre de 74 metros respeitou a condição da cessão do terreno. Lina sonhava que no vão, as crianças pudessem brincar, tendo a vista da cidade de fundo.

     Em 1968, com a presença da Rainha Elizabeth II da Inglaterra, foi inaugurada a nova sede do museu. Um museu com um interior de 11 mil metros quadrados e cinco pavimentos, que preserva o acervo mais valioso e importante de artes da América Latina.

     A importância do MASP para São Paulo vai muito além de ser o principal museu da cidade. Nas suas instalações foi onde a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) começou; bem como a Escola de Artes da FAAP. As primeiras edições da Mostra Internacional de Cinema também foram ali apresentadas.

     A cor vermelha de suas colunas, que faz parte do projeto original de Lina Bo Bardi, só apareceu em 1990, com a comemoração dos 40 anos do museu, em uma ação de parceria com a empresa de tintas Suvinil.

     Além de ser um museu, é um centro cultural que proporciona diversas atividades ao público, como escola de arte, ateliês, espetáculos de dança, música e teatro, palestras e debates, cursos para professores, entre outras tantas atividades realizadas durante todo o ano. Tem também uma biblioteca, um restaurante, uma cafeteria e uma loja que vende produtos com a marca do museu. Aos domingos, no seu vão, tem uma feira de antiguidades.

Terça a domingo: 10h às 18h
Quinta-feira: 10h às 20h
A entrada é gratuita todas as terças-feiras.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

X-Men: Dias de um Futuro Esquecido



     Três anos após o lançamento da nova trilogia, com "X-Men: Primeira Classe", o grupo de super heróis mais amado dos quadrinhos e do cinema está de volta. "X-Men: Dias de um Futuro Esquecido" estreou ontem nas salas de exibição brasileira.

     Baseado nas histórias em quadrinhos do início da década de 1980, o filme começa mostrando um mundo apocalíptico de 2023, onde a maior parte dos mutantes e dos humanos, que os apoiam, foi exterminada pelos Sentinelas.

     Os Sentinelas são uns robôs guardiões, criados em 1973, como forma de proteção da raça humana contra o perigo dos mutantes. Ainda mais que um deles, o jovem Magneto, foi o responsável pelo assassinato do presidente dos Estados Unidos, J. F. Kennedy.

     Encontramos os sobreviventes dos X-Men em uma fortaleza aguardando pelo combate eminente, que pelo visto, será o final, resultando no desaparecimento de todos os mutantes da face da Terra. Em uma sala protegida, encontramos Professor Xavier, Magneto, o Homem de Gelo, Kity Pride e Wolverine discutindo como fazer para tentar reverter a situação. É quando vem a ideia de transferir a mente do Wolverine do presente para o do seu passado, mais especificamente, o do ano de 1973.

     Caso consigam, ele deverá alertar os mesmos mutantes, mas agora jovens, que para evitar que o futuro fatal ocorra, eles devem impedir que uma outra mutante, Mística, cometa o assassinato do inventor dos Sentinelas. Pois após a sua morte, o governo dos Estados Unidos dá a autorização para a construção dos robôs guardiões.


     Sim, para quem não conhece o universo dos X-Men, parece meio confuso. O filme mistura os heróis do futuro apocalíptico com os do passado. Sendo que alguns do passado, nem chegam a existir no futuro. Mas não tenha medo. o filme é fácil de se compreender.

     Ainda mais que quando a ação acontece na década de 1970, o visual é todo retrô. Sério, parece que estamos vendo alguma minissérie do passado. Tem os figurinos, os carros, as televisões, ou seja, a caracterização acertou profundamente.

     O filme passa mais tempo nesta época do que em 2033. Vemos Wolverine, que ainda não tinha seu esqueleto de Adamantium implantado, e nem conhecido o professor Xavier, nem Magneto, tendo que, com toda "sua calma", convencê-los a se unirem novamente, para evitar que eles sejam aniquilados cinquenta anos depois. Ou seja, não será nada fácil.

     O novo filme dos X-Men é muito bom. O diretor Bryan Singer continua narrando boas histórias do grupo  de super heróis. Atenção para um novo destaque ao time - a aparição do jovem Mercúrio. Muito boa a cena na qual ele liberta Magneto da prisão. Infelizmente não será o ator Evan Peters (que está excelente na mini série "American Horror Story". Se não viu, veja urgentemente) que interpretará o personagem no novo filme dos Vingadores - "Os Vingadores 2 - a Era de Ultron". Mas não tem problema, estará no próximo filme dos X-Men, que tem estreia prevista para 2016..

     Sugestão: Antes de ir assistir a parte dois, é interessante rever a primeira parte, pois algumas referências são feitas. E não somente ao filme anterior, mas também a trilogia original da série. Como por exemplo, quando Wolverine começa a relembrar do seu passado ao ver o seu "criador".

     Não esqueça que sempre aparecem cenas extras após o término do filme e depois que passam os créditos. Caso não queira ficar esperando, as vezes cinco minutos de letras subindo, procure pelos canais do youtube, que você verá.

Classificação: Ainda um dos melhores filmes de super heróis. Vale cada real gasto na entrada.


quinta-feira, 22 de maio de 2014

Elis, a Musical


     Como começar um texto sobre uma cantora que faz parte do imaginário coletivo de uma nação? Tanto já foi escrito sobre ela e muito ainda será. Mas melhor do que tentar compreendê-la, é apreciar as interpretações que dava para as músicas.

     Nascida Elis Regina Carvalho Costa, na cidade de Porto Alegre, em 1945. Quando menina, repetia o estilo de Ângela Maria, grande cantora da época de ouro da rádio. Aparece no cenário musical carioca, quando começa os shows no Beco das Garrafas, com direção de Miéle e Ronaldo Bôscoli (que foi seu primeiro marido) e onde conheceu o coreógrafo americano, Lennie Dale, que a ensinou como mexer o corpo para cantar. 

     Teve seu trabalho catapultado para a fama, com a participação no 1o Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior, em 1965, quando defendeu "Arrastão". A partir de então, foram só sucessos, que a levaram a ser considerada como melhor cantora do país.

     Gravou samba, bossa-nova, rock, jazz, MPB. Ajudou a lançar a carreira de músicos, que eram até então desconhecidos, como Milton Nascimento, Ivan Lins, Renato Teixeira, Aldir Blanc e João Bosco. Fez parcerias memoráveis com Jair Rodrigues, Rita Lee, Tom Jobim, Chico Buarque.

     Não fazia shows, fazia espetáculos. Suas apresentações tinham roteiro, figurinos, iluminação, contavam uma história. Com sua presença de palco, voz e personalidade, inovou os espetáculos musicais no país. Temos "Falso Brilhante", que ficou um ano em cartaz; "Transversal do Tempo"; "Saudades do Brasil"; "Trem Azul", como exemplos.

     Além de cantora, foi mãe também. Do primeiro casamento, com Ronaldo Bôscoli, teve João Marcelo. Com César Camargo Mariano, teve Pedro e Maria Rita.

     Como sugestão de livros sobre sua biografia, citamos "Furacão Elis", da escritora Regina Echeverria" e "Viva Elis", do escritor Allen Guimarâes, que também foi o curador da mostra com mesmo nome, que aconteceu no ano de 2012, que teve inclusive shows de Maria Rita, cantando os clássicos de sua mãe.

     Desde o ano passado, Elis está de volta aos palcos. Desta vez, em "Elis, a Musical", um musical da produtora Aventura Entretenimento, com texto de Nelson Motta e Patricia Andrade. E está muito bem representada por duas excelentes atrizes - Laila Garin e Lílian Menezes (substituta)

     É difícil recriar a vida da cantora, que até hoje é considerada uma das maiores que já surgiu no país e que conviveu com astros do calibre de Jair Rodrigues, Tom Jobim, Vinícius de Morais, Milton Nascimento, Lennie Dale, Miéle e Henfil. Mas "Elis, a Musical" consegue mostrar os momentos mais marcantes da vida da nossa Pimentinha.

     A peça começa e termina com "Fascinação". No total, são lembradas 49 músicas, que fizeram parte da história de Elis Regina, e por que não dizer, da nossa também. Vemos "Aprendendo a Jogar"; "O Pato"; "Arrastão"; "Pout-pourri do Fino da Bossa", com Jair Rodrigues; "Madalena"; "Maria Maria"; "Águas de Março", com Tom Jobim; entre outras.

     Quando você vai ver um grande espetáculo, você quer ver com o artista principal. Fui no começo da temporada e pude assistir a performance de Laila Garin, que inclusive ganhou o prêmio Shell de melhor atriz, pelo musical.  

     Agora no final de maio, voltei para rever a peça. Comprei o ingresso pelo telefone e pedi para o atendente que queria ver com a Laila. Ele me vendeu e disse que a apresentação seria com ela. No dia, quando começou o espetáculo, durante os anúncios, falaram que Elis seria interpretada por Lílian Menezes.

     Juro que no começo fiquei muito chateado, porque não era o que tinha comprado (e falado para minha acompanhante). Mas bastaram os primeiros acordes, que Lílian nos cativou. Saímos maravilhados. Mais uma vez, Elis Regina estava no palco. Foi quando pensei, se a equipe tem que escolher uma atriz, que substituirá a principal, com certeza, tem o mesmo nível que ela. Foi o que vimos. Então, não se importe se será com uma ou com outra, Elis estará a sua frente. Aproveite (e muito) o espetáculo.

     O musical conta com um grande elenco, que já participou de vários musicais nacionais. Mas não podemos deixar de citar o trabalho de Ícaro Silva, que dá a vida a Jair Rodrigues, no programa "O Fino da Bossa" e ainda vai brilhar em muitos musicais; Danilo Timm, que incorpora a voz e o corpo do showman Lennie Dale; e Guilherme Logullo, que canta e dança maravilhosamente.

     A música abaixo, "Redescobrir", fez parte da série "Grandes Nomes", que a rede de televisão Globo transmitiu na década de 1980. O da Elis Regina foi ao ar no dia 03 de outubro de 1980. Ela também está no encerramento do "Elis, a Musical". É uma cena bem marcante. Ótima forma de encerrar um lindo espetáculo.



CuriosidadesElis também está retratada no musical "Rita Lee Mora ao Lado". Está na cena em que vai, junto com João Marcelo ainda bebê, tirar Rita da cadeia.

Classificação: Não perca a oportunidade!

"Elis, a Musical"
Teatro Alfa
Até 13/07
Quinta - 21h; Sexta - 21h30; Sábado - 16h e 20h30; Domingo - 15h e 19h
Duração - 180 minutos (com intervalo de 15 minutos)
Com Laila Garin, Lílian Menezes, Tuca Andrada, Cláudio Lins, Ícaro Silva, Danilo Timm e grande elenco.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

As Cantrizes - Ótima opção para seu início de noite


     Que tal um programa musical para as noites de terças-feiras? E se forem apresentações de oito excelentes atrizes que são cantoras, ou de cantoras que também atuam? Surgiu dessa junção o termo "Cantrizes".

     A Trampo Produções, que tem a atriz Mariana Xavier na direção, criou o projeto "As Cantrizes",. São apresentações de aproximadamente 90 minutos dos trabalhos como cantoras, de atrizes que vemos na televisão, teatro e cinema.

     As apresentações acontecem as terças feiras, às 19 horas, no Centro Cultural Correios de São Paulo. Elas são gratuitas, e tem a distribuição dos ingressos a partir das 18 horas. A capacidade da sala (que fica no Mezanino do Centro Cultural) é de 200 lugares.

     Já aconteceram as apresentações de Selma Reis (cantora, atriz de novelas e de teatro, incluindo a peça "Chicago"); Alessandra Maestrini (atriz de teatro e musicais como "Rent", "Les Miserablés" e "Ópera do Malandro; de novelas e seriados, como Bozena, do seriado "Toma Lá da Cá; e cantora); e Marisa Orth (cantora da Banda Luni; atriz de novelas e seriados, como Magda do "Sai de Baixo"; e de teatro e musicais, sendo o último "A Família Addams", como Mortícia Addams).

      As próximas apresentações serão de cantoras e atrizes do mesmo naipe. Em sequência, apresentar-se-ão Soraya Ravenle, Inez Viana, Zezé Motta, Sylvia Massari e Gottsha.

     Aproveite para chegar cedo e conhecer a região. O Centro Cultural Correios fica no Vale do Anhangabaú, próximo ao Theatro Municipal de São Paulo, ao Shopping Light, a Praça das Artes (os quais já citamos em matérias anteriores).


     O próprio prédio dos Correios é um prédio histórico. Tem 15 mil metros quadrados de área construída. A inauguração foi em 1922. Por causa da sua importância na região, fez com que a Praça Pedro Lessa ficasse mais conhecida como "Praça do Correio", do que pelo seu nome original. O prédio está em fase final de manutenção.

As Cantrizes
Centro Cultural Correios
Até 15/07.
Terças-feiras, as 19 horas
Duração aproximada de 90 minutos. 
Grátis (entrega dos ingressos a partir das 18 horas)
Com Selma Reis, Alessandra Maestrini, Marisa Orth, Soraya Ravenle, Inez Viana, Zezé Motta, Sylvia Massari e Gottsha.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Turista no Metrô - estação Corinthians - Itaquera


     Depois de embarcarmos na estação Anhangabaú, vamos em direção a zona leste. Passando a estação da Sé, toda a viagem passa a ser na superfície. Sente próximo a uma janela (recomendo a do lado direito) e veja os bairros passarem. Lembro da imagem das viagens feitas nos trens de antigamente. É muito interessante.

     Após treze estações, chegamos ao nosso destino - estação Corinthians-Itaquera. Dependendo do sentido da viagem, é a última da linha vermelha. Está localizada na avenida Projetada, 1900. Foi aberta no dia 01 de outubro de 1988.

     Uma estação elevada com duas plataformas centrais sobre o piso de distribuição. É aberta, o que permite o acesso da luz natural. Integrada a linha 11 - Coral - Expresso Leste da CPTM (Companhia Paulista de Trens  Metropolitanos), ao Terminal de Ônibus Urbano, a agência do Poupatempo, a estacionamentos e a um shopping center.

      Encontramos uma série de cinco painéis, chamada "A Catedral do Povo", do artista Gontran Guanaes Netto. Está localizada no corredor de acesso às bilheterias, terminal de ônibus e em frente às escadas rolantes.




     Saindo da estação, temos uma passarela a esquerda, que dá acesso à Arena Corinthians, ou como é conhecido carinhosamente, Itaquerão. É o estádio de propriedade do Sport Clube Corinthians Paulista.

     Foi escolhida para ser o palco da cerimônia de abertura e de seis partidas da Copa do Mundo de 2014, incluindo o jogo inaugural - Brasil contra a Croácia, no dia 12 de junho, as 17 horas. A estação de metrô tem capacidade de 60.000 passageiros por hora de pico, o que com certeza aumentará nos dias de jogo da seleção brasileira.



     A abertura oficial do estádio foi no dia 18 de maio, um domingo, com o jogo do dono da casa contra o Figueirense. Mas infelizmente a zebra pintou nos gramados. O Corinthians perdeu de 1 a 0, e o dono do primeiro gol oficial do Itaquerão é do meia Giavanni Augusto.

     Ainda faltam terminar algumas obras. Esperam que até o início da Copa esteja tudo pronto. Mas independente destas questões, o estádio é muito bonito e esperamos que traga desenvolvimento para esta região paulistana, incluindo a visita de turistas.

     Depois de passearmos pelo estádio, voltamos a estação e vamos agora em direção ao Tatuapé. Abra bem os olhos e aproveite a viagem. Até lá.


          As fotos desta matéria estão na página do Facebook do Cenas Culturais. Curta e compartilhe.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Chico Buarque - músicas para o teatro (1)



     O "Inquietações" desta semana será sobre? Teatro! Se fosse há um tempo, seria sobre seriados de televisão. Não que não goste mais. Vejo, acompanho muitos por sinal e até falo de alguns deles às sextas-feiras, junto com cinema. Só que desde que começaram as aulas de teatro, meu foco virou para esta área. E também como não tenho amigos na 5a arte, tenho que colocar minhas inquietações aqui.

     Nesta semana falaremos sobre um dos cantores brasileiros mais famosos, Chico Buarque de Hollanda. Lógico que não conseguiremos falar de Chico somente em uma postagem. Em breve, voltaremos ao assunto, comentando também as peças que entrarão em cartaz dele e sobre ele - "Todos os Musicais de Chico em 90 Minutos" e "Os Saltimbancos Trapalhões" de Moeller e Botelho; e "O Grande Circo Místico", com músicas sua e de Edu Lobo.

     Chico Buarque, além de musicar as peças "Morte e Vida Severina", "Os Saltimbancos" (também sua versão para o cinema "Os Saltimbancos Trapalhões"), "O Corsário do Rei" e "O Grande Circo Místico" (as duas últimas com o parceiro Edu Lobo), escreveu quatro peças - "Roda Viva", "Calabar", "Gota D'Água" e "Ópera do Malandro".

     Para começar, está terminando o curso "Vivenciando o Teatro", que estou fazendo. Nestas últimas aulas, iremos discutir e montar cenas baseadas nas músicas de Chico Buarque, visto que além de ser um escritor também para teatro; suas músicas tem letras que contam histórias que podem ser transpostas para o palco. A primeira música escolhida foi "Cotidiano"


     "Cotidiano" foi lançada no álbum "Construção" de 1971, que também tem as faixas "Deus Lhe Pague", "Construção", "Samba de Orly", "Minha História ou Gésu Bambino", entre outras.

 "Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual

E me beija com a boca de hortelã

Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher

Diz que está me esperando pro jantar

E me beija com a boca de café

Todo dia eu só penso em poder parar
Meio dia eu só penso em dizer não

Depois penso na vida pra levar

E me calo com a boca de feijão

Seis da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão

Diz que está muito louca pra beijar

E me beija com a boca de paixão

Toda noite ela diz pra eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor

E me aperta pra eu quase sufocar

E me morde com a boca de pavor

Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual

E me beija com a boca de hortelã"


     Na música, Chico retrata a vida de um casal, narrando um dia de sua vida. Começa ao amanhecer, passa pela tarde e termina a noite. É até meio óbvio, mas através da obviedade, Chico consegue colocar em música, o que é a vida de quase todo mundo - uma rotina. Mas como dizem, as músicas mais fáceis são as mais difíceis de se fazer.

     "Cotidiano" trata sobre alguns assuntos:

     a) a vida - por mais que achamos que nossa vida será diferente, ela é uma eterna rotina. Fazemos sempre as mesmas coisas diariamente. A noite, antes de dormir, planejamos o que temos para fazer no dia seguinte, mas tirando algumas poucas atividades, ele será igual ao anterior. Isso faz com que esperemos os finais de semana e feriados com uma avidez, pois depositamos nossas esperanças que nessas datas, nossas vidas saiam da rotina.

     b) a vida de um casal - se a rotina a sós já é um tédio, imagina a de um casal. Falam que depois que você suou a camisa para conquistar a pessoa amada, vem o casamento e com isso a rotina. Não é mais necessário fazer algo diferente, pois vocês já estão juntos. Com isso, na música, as ações acontecem corriqueiramente, com sorrisos pontuais, com a boca com o mesmo sabor, já sabendo que ela estará esperando-lhe no portão.

     Isso mata qualquer relacionamento. Na música, isso transparece na hora do trabalho. Ele quer jogar tudo para o alto, pensa em parar - muito provavelmente com sua rotina, mas ele pensa na sua vida, perde a coragem e resigna-se com a boca cheia de feijão.

     Não temos pistas sobre a vida da mulher, isso por causa do item a seguir.

     c) contexto histórico - a música foi feita em um contexto histórico definido. Na década de 60 e 70, principalmente, vivia-se em uma sociedade patriarcal. O homem que saía para trabalhar e trazia o sustento para a casa. A mulher era a "dona do lar". Como diz Chico, ela acordava mais cedo, arrumava-se e só depois iria despertar o marido. Enquanto ele se arrumava, ela preparava o café e a marmita do almoço.

     Do momento da saída do marido para o trabalho até seu retorno, não sabemos nada da vida da mulher. Corrobora com o que foi dito no parágrafo anterior. Mas, pensando em Nelson Rodrigues, será que ela também não estava cansada de sua vida, não queria algo a mais, mas não tinha coragem? Uma mulher divorciada nessa época não era bem vista pela sociedade. Será que ela está resignada com sua vida? Se a música fosse feita agora, será que teria a mesma sequência?

     Voltando ao "Cotidiano", vemos que ela está esperando seu marido no portão, como faz sempre. Começa a beijá-lo com paixão. Deve ser por causa do que acontecerá no próximo verso. Já é noite, o jantar já acabou. É quando ela pede para ele não se afastar. Só pode ser porque ele vai sair e ela ficará só em casa.

     Onde ele vai? Para um bar, beber com os amigos? Encontrar-se com a amante, que faz com que por uns poucos momentos, ele saia da rotina? Por que ela pediria que ele não se afastasse? Tanto que, quando ele chega por volta da meia-noite, ela fica tão contente com seu retorno, que não foi abandonada, que o aperta quase sufocando-o. Beija-o muito mas com uma boca de pavor.

     d) A boca - representa a oralidade, a forma da intimidade. Como a criança se alimentará do seio materno. Como expressamos o que queremos dizer (muitas vezes, não o que pensamos). Na música, ela é citada ao final de cada estrofe - boca de hortelã, boca de café, boca de feijão, boca de paixão e boca de pavor.

     Chico é realmente um dos nossos maiores poetas/cantores/cronistas da vida do brasileiro. Através de suas músicas, além de apreciarmos uma melodia bonita e com uma linda letra, podemos também pensar sobre o que uma sociedade vivia em um determinado momento.

     Como disse no começo, voltaremos várias vezes a Francisco Buarque de Hollanda.

     Curiosidade: Citei no primeiro parágrafo desta postagem que o Teatro é a 5a arte. Mas o que é isto?  É uma classificação adotada na Europa, do final do século 18, que retrata as "Belas Artes" - Arquitetura, Pintura, Escultura, Música, Literatura e Teatro. O Cinema apareceu em um texto de Ricciotto Canudo, um teórico e crítico italiano cinematográfico, em 1911, que publicou um texto "La Naissance d'un sixiéme art", onde diz que o Cinema é o resumo das outras artes.

     Se utilizarmos as musas gregas, filhas de Zeus e Mnemósine, que citei na primeira postagem do Cenas Culturais - O porquê deste blog - seriam Melpômene e Talia, as musas da Tragédia e da Comédia, respectivamente. Abaixo temos uma pintura das duas musas, obra de arte de Inna Orlik. Reparem que elas carregam as máscaras dos dois principais gêneros do Teatro.


domingo, 18 de maio de 2014

Resumo da Semana de 12 a 17 de maio 2014


     Nesta semana, o Cenas Culturais abordou os seguintes assuntos:

2a feira - Elenco (variável) de uma peça de teatro Por que após a seleção do elenco para atuar em uma peça, há mudanças no mesmo, sem que a mesma tenha terminado?

3a feira - Turista no Metrô - A Viagem Irá Começar Começamos a viagem pelas estações do metrô paulistano conhecendo a estação Anhangabaú e seus arredores.

4a feira - Maioridade do Cultura Inglesa Festival O Cultura Inglesa Festival celebra sua 18a edição com atividaddes espalhadas pela cidade.

5a feira - Folias Galileu O grupo de teatro Folias D'Arte conta a história do cientista Galileu Galilei de uma forma inovadora.

6a feira - Seriados Ingleses - Uma Boa Opção Que tal assistir a bons seriados ingleses? Sugestão: "Downton Abbey" e "Mr. Selfridge".

Sábado - Avenida Paulista - tantos clichês para uma senhora centenária Aproveite e vá conhecer a avenida mais paulista da cidade.

Nesta semana, falaremos sobre a estação Corinthians Itaquera, Elis - a Musical e o show As Cantrizes. Não Perca. Comente e compartilhe!