Estamos em mais um ano eleitoral no Brasil. Dias 05 e 26 de outubro iremos eleger os novos Presidente, Vice-Presidente, Governadores, Vice-Governadores, Senadores, Deputados Federais e Estaduais; além do Governador, Vice-Governador e Deputados do Distrito Federal.
2013 foi o ano em que o gigante acordou. O povo foi para as ruas exigir seus direitos. Começou com a reivindicação do aumento de R$ 0,20 no transporte. Mas na verdade, não foi apenas por vinte centavos, mas sim, por todos os sapos que estavam entalados nas nossas gargantas:
- saúde;
- educação;
- transporte;
- moradia;
- alimentação;
- taxa tributária;
- burocracia governamental;
- corrupção ativa e passiva, não somente no governo, mas na sociedade como um todo.
Sabemos diariamente de todos os problemas que nosso país vive, e vem vivendo desde quando foi descoberto (meio incoerente, pois já éramos conhecidos para os moradores nativos das Américas, bem como, por outros navegadores exploradores que já haviam chegado aqui). Só que infelizmente esquecemos muito depressa.
Fomos matéria de toda imprensa internacional a respeito das reivindicações que estavam sendo feitas nas ruas. Saímos nas capas de vários periódicos. Seria o futuro que tanto esperávamos (afinal, o Brasil é o país do futuro). Só que este futuro nunca chega, pois quando o amanhã vira hoje, o futuro torna-se presente, com isso, ele vai eternamente sendo postergado.
Vimos o decorrer dos fatos - as reivindicações sendo invadidas por oportunistas, que queriam aproveitar a ocasião para extravasar seus instintos bárbaros de saquear, pilhar, destruir, escondidos atrás de máscaras; com isso, a população deixou de ir nos movimentos; e o gigante adormeceu novamente.
E o que ficou, foi que o país continua na mesma. E na mesma, estamos todos nós, seu povo. Aprendi na aula de Direito Constitucional, que um Estado é composto de povo, território e soberania. E que a Democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo. Só que o povo está esquecido em estado de letargia.
Como este blog não é exclusivamente sobre política, mas que a Política interfere também nas cenas culturais de uma sociedade, aproveito para deixar como dica o filme "Virada no Jogo" (Game Change, 2012).
"Virada no Jogo" é um filme feito para o canal a cabo norte-americano HBO (presente nas assinaturas a cabo, bem como facilmente encontrado na internet). Trata sobre a eleição presidencial dos Estados Unidos no ano de 2008.
O cenário é a disputa pela presidência entre os senadores Barack Obama e John McCain. O filme foca na figura da governadora do Alasca, Sarah Pailin, que foi candidata a vice-presidência na chapa republicana de McCain.
Vinda de um estado pequeno e sem grandes influências políticas no país, Sarah é designada como candidata e, como dizem no filme, "jogada no meio do oceano sem um salva-vidas". Os estrategistas republicanos acreditaram que a figura de uma mulher exerceria influência nos debates, minando a força que Obama estava desenvolvendo.
Só que a candidata não estava preparada para ser bombardeada por todos jornalistas, que a sabatinariam sobre as decisões que tomariam se fossem eleitos. Quando Sarah Pailin fazia seus discursos, conseguia captar a atenção dos ouvintes, mas quando tinha que responder as perguntas, ela se atrapalhava e não sabia o que responder.
Este filme é interessante para ser visto, pois faz com que pensemos, como são os nossos políticos. Será que estão realmente preparados para responder tais perguntas feitas no filme? Sabem qual destino dar ao nosso país? Tem conhecimento sobre assuntos nacionais e internacionais que dão subsídios a suas decisões? Será que eles não são várias Sarah Pailin?
É hora de fazer este gigante acordar, e principalmente, mantê-lo acordado, para que possamos encontrar o caminho que tanto queremos para nossa Nação. E não vermos mais em noticiários o descaso que acontece diariamente com nosso povo.
Mais uma indicação - o site Eleições 2014 (http://www.eleicoes2014.com.br/) tem informações úteis sobre o pleito deste ano, com a biografia dos candidatos. Mais uma fonte de informação para fazer a escolha certa na hora de votar.
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