Cenas Culturais

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Largo e Igreja de São Francisco de Paula

     Próximo ao Real Gabinete Português de Leitura, encontramos o Largo de São Francisco de Paula. É um dos mais antigos logradouros da cidade. 

     Ao seu redor, foi planejada a construção da nova catedral. Mas após a morte do então governador e capitão-geral da capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade, as obras foram suspensas. Até que com a vinda da família Real para o Brasil, decidiu-se utilizar as estruturas da catedral para fazer a Escola Central, depois Academia Real Militar e Escola Politécnica. Hoje abriga os Institutos de Filosofia, Ciências Sociais e História da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


     No centro do largo, encontra-se a estátua de José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da Independência. A estátua foi inaugurada em 7 de setembro de 1872, para celebrar a comemoração do cinquentenário da Independência do país.

     Sempre foi um cenário de manifestações populares, que pediam pela abolição da escravatura, pela mudança de regime de governo de Monarquia para República, e pela reforma agrária, entre outras.

     O primeiro nome do largo era de Praça Real da Sé Nova, visto que iria ser a sede da nova catedral. Só que ela foi transferida para a rua Sete de Setembro próxima ao Paço Imperial, que seria a moradia da família real e dos futuros imperadores do Brasil. Seu nome atual ficou como Igreja de Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé.

     Portanto, o largo precisava de um novo nome. Denominaram-no de Largo de São Francisco de Paula, por ter a Igreja da Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula também no seu entorno.  

     A igreja é um dos maiores templos católicos da cidade e que melhor representa a evolução da arquitetura colonial. A construção foi iniciada pelos membros da Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula em 1759 e terminada em 1801.

     No seu interior, temos as portas de madeira da entrada entalhadas por Antônio de Pádua e Castro; o altar mor e capela de Nossa Senhora da Vitória feitos por Mestre Valentim (um dos principais artistas do Brasil Colonial); telas de Vitor Meireles, painéis de Manoel da Cunha.




     Curiosidade: Um dos sinos da igreja é chamado de "Aragão", pois toda a noite, entre os anos de 1824 e 1827, executava o toque de recolher, que havia sido determinado pelo Intendente Geral de Polícia, Teixeira de Aragão.

     O por que da Ordem Terceira? As Ordens Terceiras são associações de leigos católicos que se reúnem em torno à devoção do seu santo padroeiro. As Ordens Primeiras eram só dos Frades e as Segundas, só das Freiras.

Localização: Próximo às estações de metrô Uruguaiana e Carioca.

Visitação: Gratuita.

Classificação: Muito provavelmente você não sabia destas informações, nem nós. Foi uma surpresa grande poder ver um largo que contempla tanto da história do país, desde o momento em que éramos apenas uma Colônia portuguesa, passando pelos períodos Real e Imperial, até a atualidade. Vale a pena visitar a praça, o interior da igreja de São Francisco de Paula e seus arredores. Aproveite.

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