Cenas Culturais

div id="fb-root">

quinta-feira, 12 de novembro de 2015



O rapper paulista Fino Du Rap segue com a turnê de lançamento da mixtape Quixote. O álbum mescla poesia e literatura por meio da batida do hip-hop.

Os shows integram a programação do Circuito São Paulo de Cultura, da Secretaria Municipal de Cultura. Fino se apresenta dia 13 de novembro, sexta-feira, às 14h, na Biblioteca Prefeito Prestes Maia, em Santo Amaro (Zona Sul) e no dia 19 de novembro, quinta-feira, às 14h30, na Biblioteca Vicente Paulo Guimarães, na Vila Curuça (Zona Leste). Ingressos grátis. No palco, o rapper é acompanhado pelo Dj F-Zero e a banda Ouro&chá e conta com participação especial do poeta Fabio Boca.

Uma das marcas do MC e poeta é a mistura de estilos. O samba e o samba-rock se fundem com o rap em letras que tratam sobre respeito, amor e a sociedade contemporânea.


Clayton dos Santos, o Fino du Rap, nasceu no bairro do Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo. Com 18 anos de carreira vivenciou fases e épocas distintas do hip-hop paulistano. O MC trás em sua bagagem a essência dos primórdios do Rap, com letras onde o intuito é a luta por melhores condições sociais, mas sem deixar de lado letras e composições com assuntos que fazem parte da evolução do gênero.
Temas mais abrangentes que exaltam as qualidades da condição humana como o amor, as causas sociais e a perseverança, também estão presentes em suas letras. A faixa título foi composta durante os protestos que aconteceram no Brasil em junho de 2013. Fino conta que estava relendo o romance Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, e ao voltar de uma passeata surgiu a ideia para a música.
Poeta e escritor, hoje viaja o mundo com suas rimas e poesias, mas por muito tempo teve que trabalhar como limpador de vidros fazendo rapel nos prédios da cidade. Muitas ideias para suas composições surgiram enquanto estava pendurado limpando as vidraças dos escritórios comerciais.


Trajetória de rimas
Quixote é o quinto trabalho solo do rapper e conta com participação de Izzy Gordon, Dagô Miranda, Fabio Boca, James Lino, Raphão Alaafin, Eduardo Brechó, Poesia Samba Soul, Avante O Coletivo, Fernanda Coimbra, Bárbara Bonnie, Dugueto Shabazz, James Bantu e Tássia Reis.

Fino Du Rap participou de bandas como Realidade Zona Sul e Núcleo. Iniciou sua carreira solo no ano 2000 e, em 2002, lançou o primeiro disco, Mochila de Rimas. Em 2005, lançou o EP O Som do Fino, com cinco faixas e o inicio da parceria com DJ F-Zero, que dura até hoje. Em 2009, com produção do DJ F-Zero e Diamante coloca no mercado o CD Quarto Mundo, que teve boa repercussão no meio do rap sendo indicado entre os 10 melhores discos do ano pelo site Rapevolusom.

Em 2011 começa parceria com o DJ Kensaye, um francês que mora em Londres e descobriu o som de Fino pela internet. O produtor o convidou para participar de uma coletânea chamada Back to School. É dele parte da produção do quarto álbum Intaumfião, lançado em 2013.

A faixa Roda Viva, produzida por Kensaye e que contou com a participação de Eduardo Brechó (Aláfia), teve o vídeo-clipe gravado na Argentina durante a 40ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires quando Fino viajou à convite da Cooperifa. As imagens são de Mariana Castilho, a edição e direção de Rogério Vieira. 
O clipe pode ser conferido no link https://www.youtube.com/watch?v=takz7xiE_oU

O menino franzino que se inspirou nos Racionais MC’s quando viu um show na Praça do Campo Limpo no final da década de 90 não imaginava as lutas e moinhos que iria enfrentar, muito menos um dia dividir o palco com Mano Brown, quando abriu seu show ano passado em Ubatuba. Hoje também trabalha como arte-educador e é integrante do coletivo Narra Várzea que atua realizando interferências poéticas, além de narrar e comentar os jogos de futebol de várzea.
  
Instagram: finodurap_of
Twitter: @finodurap1

Fino Du Rap - Lançamento do CD Quixote
Duração 80 minutos
Entrada Gratuita
Classificação 12 anos

Biblioteca Prefeito Prestes Maia  (Av. João Dias, 822 - Santo Amaro , São Paulo)
13/11
Sexta - 14h

Biblioteca Vicente Paulo Guimarães (Rua Jaguar, 225 - Vila Curuça, São Paulo)
19/11
Quinta - 14h30

domingo, 1 de março de 2015

450 motivos para amar-te, Rio!

"Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil" (Cidade Maravilhosa, André Filho)


"O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendoO Rio de Janeiro, fevereiro e março" (Aquele Abraço, Gilberto Gil)

"Rio, seu mar
Praia sem fimRio, você foi feito prá mim" (Samba do Avião, Tom Jobim)

"Eu sou o samba
Sou natural daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões
De corações brasileiros" (A Voz do Morro, Zé Keti)

"Rio que mora no mar
Sorrio pro meu Rio 
Que tem no seu mar
Lindas flores que nascem morenas
Em jardins de sol" (Rio, Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli)

E há tantas outras que lembram e celebram o Rio de Janeiro e seus moradores. Mas a melhor delas é visitá-la. Aproveite e conheça essa cidade que tem bem mais de 450 motivos para lhe impressionar!

Parabéns, minha cidade natal!


sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Playmobil comemorou 40 anos com festa

     Ano passado, os personagens "liliputianos" da Playmobil comemoraram 40 anos em grande estilo. A celebração aqui no Brasil foi com a exposição "40 anos Playmobil - O Sorriso Mais Famoso de Todos os Tempos". A exposição ficou em cartaz no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro.


     Os bonecos "nasceram" em 1974 na Alemanha, nas mãos de Hans Beck. Foram apresentados na Feira de Brinquedos em Nuremberg em fevereiro deste ano. Só que passariam despercebidos não fosse um empresário holandês que encomendou, no penúltimo dia de feira à Geobra (empresa fabricante), um lote no valor de um milhão de marcos alemães.

     Os outros negociantes ficaram sabendo da encomenda e fizeram também as suas. Com isso, a fábrica teve que ampliar a produção, e passou a alcançar todo o mundo. 

     No Brasil, os bonecos chegaram em 1976. Foram fabricados pela Trol. Curiosidade - a empresa era comandada pelo empresário Dilson Funaro, que anos mais tarde veio ser o "pai do Plano Cruzado". A produção durou até 1990, quando Funaro faleceu e a Trol encerrou as atividades.


     Os playmobil passaram a ser fabricados pela Estrela durante a década de 90. Depois sumiram do mercado nacional, até que em 2005, começaram a venda dos importados da Argentina. E em 2008, a importação começou a ser diretamente da fábrica alemã.

     O pai dos playmobil, Hans Beck, faleceu em 2 de fevereiro de 2009.


     Durante a exposição pôde-se ver os dioramas que recriaram cenários clássicos - Velho Oeste, Circo, Egito, Espaço Sideral, Floresta, entre outros..



     Infelizmente a exposição não foi exibida em outros estados. Com certeza, a festa poderia, e deveria, ter sido estendida à todas as crianças que tiveram suas infâncias compartilhadas com estes bonecos.

     Feliz Aniversário, Playmobil!!!

     As fotos de todos os dioramas e da exposição estão na página do Facebook do Cenas Culturais. Confira! Curta! E Compartilhe!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Com a palavra, Dona Leopoldina, imperatriz do Brasil

     Com este título, o Museu Histórico Nacional realiza a exposição temporária sobre a primeira Imperatriz que o Brasil teve.  A exposição iniciou em outubro do ano passado e vai até março deste ano.



     A exibição foi feita para dar início às comemorações do bicentenário da chegada de Leopoldina, vinda da Áustria, ao Brasil em 1817.

     Dona Leopoldina é uma mulher meio esquecida pela história brasileira. Teve um papel importante na decisão da proclamação da Independência do País. Além do que era interessada em conhecimentos de botânica, ciências naturais e pelo meio ambiente local.

"Sessão de Conselho de Estado" (1922) de Georgina de Albuquerque
     Mas também teve a infelicidade de casar-se com Dom Pedro I, que muitas vezes a abandonava para buscar os carinhos e carícias em braços de outras mulheres, sendo a Marquesa de Santos a mais conhecida.


     A mostra, que conta com mais de 200 peças do acervo do próprio Museu, conta a história da Imperatriz desde sua infância, o casamento, a viagem da Áustria para o Brasil, a chegada ao Rio de Janeiro, suas relações familiares, culminando com a morte prematura aos 29 anos de idade. Além das cartas que ela trocava com familiares que ficaram na Europa.

Árvore genealógica de Dom Pedro I

e de Dona Leopoldina
     O abre alas da exposição é com peças da escola de samba que leva o mesmo nome da homenageada.


     Aproveite que está no Museu Histórico Nacional e veja os fatos históricos que permeiam a vida de Dona Leopoldina, a nossa primeira Imperatriz.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Museu Histórico Nacional - Deve ser visto

     O Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro está localizado no antigo arsenal de guerra, próximo à zona portuária e ao aeroporto de Santos Dumont. 


     Para chegar até o local se for caminhando, você irá passar por uma área um pouco desabitada. Como outra qualquer cidade, só tomar cuidado que não haverá problemas. 

     A área onde está construído o museu era uma ponta de terra que avançava sobre as águas da baía de Guanabara. Por sua localização geográfica, abrigou o Forte de São Tiago da Misericórdia (1603), a Prisão do Calabouço (1693), a Casa do Trem (1762), o Arsenal de Guerra (1764) e o Quartel (1835). A área militar esteve em funcionamento até 1908 quando mudou-se para a ponta do Caju.

     Em 1922, a capital do país iria sediar a "Exposição Internacional comemorativa do Centenário da Independência do Brasil". Para tanto, a região foi aterrada e reurbanizada. O prédio do antigo Arsenal de Guerra teve suas edificações ampliadas e embelezadas seguindo os traços da arquitetura neocolonial. 

     O então presidente do Brasil, Epitácio Pessoa, criou em agosto de 1922 o Museu Histórico Nacional, que ocuparia o antigo arsenal de guerra. Ele abriu as suas portas para a Exposição Internacional em 12 de outubro do mesmo ano.

     Atualmente o museu ocupa toda a região em mais de 20 mil metros quadrados. São mais de 287 mil peças (documentos, imagens, moedas, selos, móveis, armas, esculturas, etc) distribuídas em dois andares. Do Forte e da Prisão só restam as fundações. O restante das antigas construções ainda estão de pé.

     Curiosidade: Na Casa do Trem é onde foi esquartejado o corpo de Tiradentes, após ter sido executado no Campo da Lampadosa, atual praça Tiradentes, em 21 de abril de 1792.

Traves da forca onde Tirandentes morreu.
     O Museu abrigou o primeiro curso de Museologia do país e até hoje é referência para a constituição de todos os museus nacionais.

     Apresenta sempre exposições permanentes e temporárias nas suas dependências, além de apresentações de música e realizar refeições e lanches no seu bistrô. As visitas são pagas (mas vale a pena) e podem ser solicitados os áudio-guias.

     Nesta postagem, vamos falar sobre as exposições permanentes. Na de amanhã, falaremos sobre a exposição temporária sobre a Imperatriz Leopoldina (que está em cartaz até março deste ano) e na sexta, sobre a exposição que comemorou os 40 anos do Playmobil.

Podemos visitar nas exposições permanentes:

. O Pátio dos Canhões, que reúne obras inglesas, francesas, portuguesas e brasileiras.


. exposição Portugueses no Mundo - mostra a formação da Nação portuguesa e sua expansão com as grandes Navegações.

. exposição Do Móvel ao Automóvel - liteiras, carruagens, coches de aluguel, coches mortuários, até um exemplar do carro Protos, de propriedade do Barão do Rio Branco (já teve seu rosto impresso em uma nota).

Carruagem utilizada pela Família Real 
. A Construção da Nação - passando pelos povos pré históricos, indígenas, vinda da família real, Independência e República


Dom Pedro I compondo o Hino Nacional Brasileiro
. A Cidadania em Construção - eventos pós proclamação da República em 1888.

. Farmácia Homeopática Teixeira Novaes -  fundada por Souza Magalhães em 1847 como Imperial Pharmácia, passa em 1887 para as mãos do funcionário José Teixeira Novaes e ficou com sua família até 1983, quando se desfizeram do imóvel onde estava localizada. Depois disso, com apoio da Fundação Roberto Marinho, transferiram seu interior para dentro do museu.


     Também pode ser visitada e  consultada a biblioteca com mais de 50 mil documentos.

     Estas e outras fotos sobre o Museu Histórico Nacional estão na página do Facebook do Cenas Culturais. Confira! Curta! E Compartilhe!

Localização: Entre as estações de metrô Cinelândia e Carioca.

Visitação: Paga.

Classificação: É um museu que todos brasileiros deveriam conhecer. É estudar a história do Brasil, vendo de perto obras de arte, carruagens, brasões, estátuas, as quais só se tinha acesso através dos livros de história. Uma exposição permanente muito bem organizada e explicada, resultado de um excelente trabalho de curadoria. Além de ter exposições provisórias muito interessantes. O museu ainda conta com local para realizar refeições. Imperdível.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Morro de Santo Antônio - Convento de Santo Antônio

     O Convento de Santo Antônio está localizado no morro de mesmo nome, ao lado da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência. É uma das mais antigas e importantes construções do período colonial carioca.

     Os primeiros frades franciscanos chegaram na cidade em 1592. Obtiveram a posse de um morro em 1607 e começaram a construção do convento um ano após. A obra - convento e igreja - só terminou em 1620.

Desenho mostrando o Convento de Santo Antônio e a Igreja da Ordem 3a de S. Francisco da Penitência (Debret)
     Onde fica o atual Largo da Carioca, tinha uma lagoa, bem no sopé do morro. A lagoa foi aterrada em 1679 por causa dos pedidos dos franciscanos.

     Ao contrário da igreja dos franciscanos que está ao lado, o convento de Santo Antônio tem seu interior mais simples e tradicional na decoração. Pode-se dizer que é despojado do luxo excessivo do vizinho.


     O altar principal tem uma imagem de Santo Antônio, e as paredes e tetos têm pinturas que contam a vida deste santo tão adorado pelos brasileiros.


     A única presença de uma decoração como a da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência é a Capela da Conceição, que está conectada com a igreja franciscana. A capela está à direita da igreja do convento, e por consequência, no lado esquerdo da igreja vizinha.


     Vários religiosos que moraram no convento estão enterrados nas suas catacumbas, bem ao lado do mausoléu onde estão depositados diversos membros da família imperial brasileira. Dona Leopoldina, primeira imperatriz do Brasil, teve seus restos depositados no mausoléu do convento de 1911 até 1954, quando foi transladada para sua última morada no Monumento à Independência, próximo ao Museu do Ipiranga (São Paulo).

Localização: Próxima à estação de metrô Carioca.

Visitação: Gratuita.

Classificação: Mesmo tendo menos ornamentos na decoração do seu interior, a visita ao Convento de Santo Antônio é um lindo passeio. Pode-se aproveitar o passeio visitando o convento, a igreja dos franciscanos, o Museu de Arte Sacra e a vista da cidade do Rio de Janeiro. Não perca.

sábado, 17 de janeiro de 2015

"Meu Deus" retorna aos palcos

     Invocamos a toda hora o nome Dele. São inúmeras solicitações, pedidos de saúde, de ficar rico, de arranjar emprego, de não ficar só.

     E Ele? Quem realiza Seus desejos? Quem os atende? Como o Senhor faz para descansar? Será que Ele não reclama de nada? Tem o direito de poder ficar de mau humor? Ou, até mesmo quem sabe, deprimido por estar só por toda a eternidade?

     Baseada nesta suposição, que a escritora israelense Anat Gov, com a versão para o português de Célia Forte, começa a peça "Meu Deus!" O Criador, ou como Ele pede para ser chamado apenas por "Dê", está em crise existencial e precisa conversar com alguém.


     Para tanto, nada melhor do que a pessoa mais indicada - uma psicóloga.

     Ana, a psicóloga, é especialista em atendimento à crianças. É mãe, divorciada, de um filho adulto mas autista. E por uma série de acontecimentos, deixa de acreditar em Deus tornando-se ateia.

     A ação da peça se passa em um único dia, em uma sessão de terapia. Deus deita no divã e discorre sobre seus problemas. Ana, ao saber que Seu cliente não tem mãe, fica inconformada. Afinal, em quem ela poderá atribuir as culpas pelos problemas de seu paciente?


     Mas no discorrer da peça, os papeis se invertem, e Deus começa exercer a função de psicólogo? Será que não foi pra isso que Ele veio - para ouvir os problemas de Seus filhos?

     Os atores dispensam comentário. Irene Ravache é natural, com uma força que preenche todos os cantos do teatro, fazendo com que vemos a personagem e não a atriz; Dan Stulbach é um Deus sensível e envolvente, mas que exerce sua força natural de Pai quando preciso, e Pedro Carvalho, numa participação especial como o filho de Ana, desempenha seu papel com uma delicadeza ímpar.

     "Meu Deus!" volta em cartaz depois de temporadas prévias na cidade e no Rio de Janeiro. É uma peça, que com sua leveza e espiritualidade, mas ao mesmo tempo também reflexiva, fará com que você saia contente, por ter visto um lindo texto e um verdadeiro exemplo do que é Teatro. 

 "Meu Deus!"
Teatro Tuca
De 17/01 até 29/03
6a feira - 21h30; Sábado - 21h30; Domingo - 18h
Duração 80 minutos
Com Irene Ravache, Dan Stulbach e Pedro Carvalho.