Cenas Culturais

div id="fb-root">

segunda-feira, 31 de março de 2014

Vinicius de Vida, Amor e Morte



      Quem nunca se deliciou ouvindo, ou lendo, o "Poetinha" Vinicius de Moraes? Quando era pequeno, Vinicius já tinha uma certa idade. E não sei o porquê, mas sua figura me lembrava um tio que tive.

     O gosto musical em casa sempre foi por MPB. Com isso, ouvia muito Chico, Caetano, Gal, Elis Bethânia, Nara, entre outros, incluindo Vinicius. Este fato prorrogou-se pela vida e, ainda hoje, os meus preferidos são os da MPB da antiga (que naqueles tempos, eram atuais).

     Mas falando de Vinicius, posso dizer que tive uma infância premiada, falando sobre a qualidade dos programas infantis que passavam na televisão. Foi a época dos programas TV Globinho,  Vila Sésamo, Sítio do Picapau Amarelo, e também dos musicais que foram desenvolvidos por Augusto César Vanucci.

     Vanucci, que foi diretor da TV Globo, dirigiu vários musicais infantis, entre eles "Plunct Plact Zum" e "Vinicius para Criança - A Arca de Noé I e II". Com os dois programas, comecei meu contato com as poesias musicadas de Vinicius.

      Depois, com o passar do tempo, me afastei um pouco do poeta. Não me lembro se tivemos que ler a Antologia de Poesias dele, mas como já disse, durante o tempo do colégio, os professores não faziam com que desenvolvêssemos  o gosto pela leitura (graças a Deus, o meu já havia sido). Foi somente na fase adulta que voltei a tomar contato com Vinicius.

     Sempre bom ouvir uma música bem escrita, uma poesia com rimas ricas, cadenciadas, e em Vinicius encontramos isso. Com certeza, foi por isso, que fui ver neste sábado a peça "Vinicius de Vida, Amor e Morte", da Cia. Coisas Nossas de Teatro.



     A peça coloca no palco, as poesias e músicas de Vinicius, fazendo um paralelo com histórias de amor contemporâneas. O cenário remete a uma praia, uma praça, um escritório, a famosa banheira aonde o Poetinha escrevia, entre outros.

     Está sendo encenada no SESC Santo Amaro, no Espaço das Artes, que é um espaço destinado a exposições, eventos e montagens teatrais que fogem da configuração do teatro tradicional. A peça já começa no saguão, onde o público está esperando para entrar. Uma atriz vem descendo, cantando músicas do poeta e nos convida entrar na "casa" de Vinicius, onde acontecerá a ação.

     Por 90 minutos, você verá cenas, onde os atores e músicos, traduzirão em cenas, as canções de amor, de vida e morte de Vinicius. O melhor é que o público pode cantar junto as canções que já fazem parte do cancioneiro popular. Uma cena emocionante é a que eles "cantam" em Libras (Língua Brasileira de Sinais) uma música, mas que para surpresa de quem for, não citarei aqui.

     Vale a pena? Independente se você gosta, ou ainda não conhece bem, da obra de Vinicius, vale a pena. Para mim, precisava um fio condutor entre as cenas. Mas ouvir Vinicius - cantado ou declamado - é sempre um bom programa.

Vinicius de Vida, Amor e Morte
SESC Santo Amaro - Espaço das Artes
Até 13/04 (6a feira - 20h, sábado - 19h e domingo - 19h)
Duração 90 minutos
Com Cia Coisas Nossas de Teatro.

#TeatroMusical #ViniciusDeMoraes #Teatro #SESC #CiaCoisasNossasDeTeatro #VáAoTeatro

Le Livros


     Gosto muito de ler. Não sei se fui influenciado pelo colégio. Tive que ler os livros básicos da literatura brasileira e portuguesa, como qualquer aluno. Mas acredito que por ter que ler, uma atividade obrigatória, sem saber como ler, não apreciei naquele momento os clássicos. 
     Mas, graças a Deus (não irei entrar no tema Religião), tive o gosto pela leitura desenvolvido muito tempo antes - quando era criança. Lembro-me que meus pais liam sempre para mim, bem como Dona Diva, uma senhora linda (que está no céu, disse que não iria entrar no tema Religião), que cuidou de mim e da minha irmã. E ai se me enganassem, eu saberia. Não adianta pular umas páginas dos Três Porquinhos ou da Chapeuzinho Vermelho, eu dizia que não era assim. Com isso, eles voltavam e contavam a história completa.
     O livro faz você viajar, conhecer culturas novas, imaginar. Acredito que isto me cativou. Desde então, eu leio. As vezes mais, as vezes menos. Mas tenho meus livros (e cuido bem); gosto de entrar em livraria e sebo, passear pelos corredores, ver os lançamentos; as vezes, pego vários na mão, mas a economia pesa, e escolho um ou dois. Tenho mais livros que consigo ler. E muito mais livros que já li. Já me desfiz de muitos (infelizmente vendi para um Sebo, deveria ter doado para uma biblioteca, iria me trazer mais felicidade) e guardo outros tantos (que em breve, serão "esquecidos", para que outros possam também ler).
     Leio em qualquer lugar, no banheiro (comum), no ônibus (indo e voltando de algum lugar), em parque, no quarto. E leio qualquer gênero de livro - romance, bibliografia, histórico técnico, ficção, aventura,... Sou daqueles que le até bula de remédio, se não tiver algo a mão no momento (verdade, já li até rótulo de shampoo)
     Neste ano me rendi aos livros eletrônicos, ebooks ou digitais (acho que é a mesma coisa, ainda sou novo no ramo). Achava uma heresia, como não ter nas mãos um livro mesmo, sentir o papel, o peso dele, ficar vendo as páginas passarem de um lado para outro, anunciando o final de um livro. Mas foi neste ano que com meu tablet nas mãos (que usava só para entrar no Facebook, Instagram, jogar jogos e ver vídeos no Youtube), resolvi ver como era o mundo digital da literatura.
     E tive a felicidade de encontrar o site Le Livros (http://lelivros.us/), mantido por estudantes que moram em Portugal, que tem como objetivo a democratização do acesso a leitura gratuita. Ou seja, os livros no site são gratuitos para seu download nas plataformas ePUB, mobi, PDF ou online  (sempre achei que um dos motivos que os brasileiros não leem mais, é pelo preço do livro, diferente dos Estados Unidos e outros países). No site do Le Livros encontramos, até o momento, mais de 1.500 títulos dos variados gêneros. Com isso, até o final de março, já li 12 livros, ou seja uma média de um por semana (na verdade, leio dois simultaneamente, um no tablet e o outro no celular).
     Portanto, se quer uma dica, acesse o site do Le Livros, veja o que eles tem, e baixe (de o download) no seu tablet, Ipod, Ipad, celular,.... e divirta-se. Não fique preocupado em se viciar, o Ministério da Saúde adverte "Ler faz bem para a saúde!" Bom proveito!

domingo, 30 de março de 2014

O porquê deste blog?

     Cenas Culturais surgiu influenciado pelas musas gregas, filhas de Zeus (Deus supremo) e Mnemósine (Deusa da Memória).

     São elas:

  • Calíope (poesia épica) aparece com uma tabuleta e um estilete, e às vezes com um pergaminho.
  • Clíos (história) aparece sentada, com um pergaminho aberto ou um cofre de livros.
  • Erato (poesia erótica) leva uma lira.
  • Euterpe (poesia lírica) leva uma flauta.
  • Melpômene (tragédia) com uma máscara trágica, a cabeça rodeada de folhas de parreira e levando coturnos.
  • Polimnia (poesia sacra e geometria) aparece com gesto sério.
  • Talía (comédia) aparece com uma máscara cômica.
  • Terpsícore (dança e canto) aparece com um instrumento musical de corda (a lira ou a viola) e às vezes bailando.
  • Urânia (astronomia e astrologia) com um compasso e um globo celeste.

  •                                              "Musas dançam com Apolo", por Baldassare Peruzzi. 

         Falando sério, surgiu do gosto que tenho pela cultura - leitura, teatro, cinema, música, ópera, exposições, e da possibilidade de ter um espaço onde possa compartilhar minhas experiências. Vou falar de programas já feitos e os que ainda tenho vontade de fazer (sendo que estes serão atualizados após a minha ida).

         Adoro programas culturais (bem diferente do que a maioria das pessoas fala): vou ao teatro semanalmente (dependendo 2 vezes por semana); assisto filmes no cinema e no computador, frequento museus e exposições; pelo terceiro ano, frequento a temporada de óperas (comecei no Teatro Amazonas, em Manaus, Amazonas, há 2 anos, e agora no Theatro Municipal de São Paulo); neste ano, até o final de março, já foram 12 livros lidos, uma média muito maior do que a média dos brasileiros, infelizmente; ou seja, eu realmente vivo e amo fazer programa cultural.

        Se você, futuro leitor, gostar e quiser usar como sugestão para você, sinta-se a vontade. Compartilhe depois sua experiência, se concorda ou não com o que escrevi. Sempre bom ouvir mais opiniões, termos mais visões, sobre um mesmo fato.

         Lembrando, não sou crítico de nada. Vou com meus próprios recursos nos lugares, comprar meus livros, não estou sendo convidado por ninguém. Irei retratar o meu ponto de vista, expressarei a minha opinião. Portanto, cabe a você concordar ou não.

         Que você também seja influenciado pelas nove musas filhas de Zeus e Mnemósine, e embarque nesta viagem. Vamos lá!